terça-feira, 19 de agosto de 2008

Isinbayeva leva o ouro e bate recorde mundial do salto com vara; Murer é prejudicada por lambança da organização

A prova do salto com vara feminino teve o que todos esperavam e o que nenhum brasileiro poderia imaginar. Primeiro, as boas notícias: Yelena Isinbayeva, da Rússia, fez o que se esperava dela, ou seja, venceu a prova com facilidade (com apenas dois saltos, o bicampeonato olímpico já era dela), deu show e ainda bateu seu próprio recorde mundial, chegando a incrível marca de 5,05m. A pergunta que todos, especialistas ou não na modalidade, fazem, é: onde Isinbayeva pode chegar? De centímetro em centímetro, teremos muita diversão para os olhos nos próximos anos.

A medalha de prata ficou com a americana Jennifer Stuczynski, com 4,80m, e o bronze com a russa Svetlana Feofanova, com 4,75m. A também russa Yulia Golubchikova alcançou a mesma marca de Feofanova, mas como fez sua marca na segunda tentativa, contra o acerto de primeira da concorrente, ficou sem medalha.

A parte ruim, ou bizarra, se preferir: a brasileira Fabiana Murer começou a prova saltando tranquilamente 4,45m. Na hora de saltar 4,55m, a brasileira percebeu que uma de suas varas estava ausente do porta-varas desenvolvido pela organização do evento. Como cada atleta leva suas varas para os Jogos e a organização inventou de retirá-las dos tubos para colocar num carrinho, deu-se a confusão. Sem achar a vara adequada ao salto daquele momento, Murer chegou a paralisar a prova, discutir com dirigentes, empacar em frente à chinesa Shuying Gao, e nada foi resolvido.

Como resultado, Murer decidiu, com eu treinador, pular direto para os 4,65m com uma vara adaptada - cada tipo de altura tem uma vara específica, mais ou menos flexível - mas, abalada com os problemas, acabou errando as três tentativas. Tarde demais, e Murer ficou sem chances de disputar medalhas.

A vara desaparecida de Murer foi encontrada horas depois, junto a outras varas de atletas eliminadas na preliminar, e a Confederação Brasileira de Atletismo tentou pedir a anulação da prova, que foi negada pela IAAF e pelo comitê organizador dos Jogos.

Fica a pergunta: e se uma lambança dessas acontece no Brasil?

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