Indignada com a volta da brasileira após doping, Jade Johnson diz que 'torceu muito pela derrota da saltadora'
Agência Estado
LONDRES - A vitória da brasileira Maurren Maggi no salto em distância deixou a inglesa Jade Johnson (esq.) irritada. Saltadora número 1 de seu país, Jade não se conforma com o fato de Maurren, suspensa há cinco anos por doping, ter conseguido a medalha de ouro em Pequim.
A brasileira saltou 7,04 metros, já em sua primeira tentativa na final olímpica, enquanto a inglesa amargou o sétimo lugar na prova do salto em distância, com a marca de 6,64 metros, obtida no segundo salto.
Em 2003, um exame antidoping detectou a presença de clostebol no corpo da atleta brasileira. Maurren alegou que a substância proibida estava em um creme pós-depilação, mas pegou dois anos de suspensão e não pôde participar dos Jogos de Atenas, em 2004.
"O que mais me irrita é que ela voltou e ganhou os Jogos Olímpicos", disse Jade, em entrevista ao jornal inglês The Guardian. "Eu teria ficado apenas em sexto, mas outras garotas poderiam ter conseguido uma medalha. Torci muito para que alguém conseguisse vencê-la."
Na entrevista, Jade fez ainda outras declarações duras. "As pessoas deveriam ser banidas pelo resto da vida por usar drogas. Simples assim. Dois anos [de suspensão] não são muito tempo. Tenho certeza de que a substância continua no corpo e beneficia o atleta", afirmou a inglesa.
Para Maurren, ser pega no doping "foi um acidente ruim". "Eu sabia que ainda tinha coisas a fazer. E hoje eu volto com um ouro, é inacreditável", contou a brasileira.
Mas a inglesa não se conforma. "Não dei meu melhor na competição, mas se eu fosse a garota que ficou em quarto lugar [Chelsea Hammond, da Jamaica], estaria bem brava agora. Você treina pesado, dá tudo de si, faz todos os sacrifícios... É frustrante", disse Jade.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
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