segunda-feira, 30 de agosto de 2004

No sábado, teve isso aqui:

28/08/2004 - 16h32
Favorita, China vence de virada e conquista o ouro
Da Redação
Em São Paulo

Num jogo digno de final olímpica, a favorita equipe da China conquistou o ouro do torneio feminino de vôlei nos Jogos de Atenas. O time teve sangue frio para virar neste sábado um jogo em que perdia por 2 a 0 para a Rússia. Venceu por 3 sets a 2, com parciais de 28-30, 25-27, 25-20, 25-23 e 15-12.

Este foi segundo título olímpico da China. O primeiro ouro foi conquistado há dez anos, em Los Angeles. Depois disso, bateu na trave, ficando a prata em Atlanta-1996. Em Seul-1988 também subiu ao pódio, pelo bronze.

Para as russas, comandadas pelo "general" Nikolai Karpol, foi a segunda prata seguida. Em Sydney-2000, elas perderam para Cuba também por 3 a 2.

O favoritismo da China surgiu pelo desempenho em 2003, quando o time asiático arrebatou os dois títulos internacionais do ano, do Grand Prix e da Copa do Mundo.

O ouro em Atenas é sinônimo da superação. Zhao Rui Rui, 22, a principal atacante chinesa, quebrou a perna em março deste ano. Correndo contra o tempo para se recuperar, arriscou ir a Atenas. Depois de fazer dois pontos no início da partida de estréia, contra os EUA, teve a contusão agravada e saiu de quadra para não mais atuar nas Olimpíadas.

Sem ela, a China fez uma campanha decepcionante no Grand Prix, um mês antes dos Jogos. Buscando o bicampeonato, terminou apenas em quinto. Naquele jogo contra os EUA, porém, o time foi buscar a vitória, dando o primeiro passo para a grande conquista.

Foi também o título da regularidade. As chinesas terminaram a primeira fase do torneio com uma única derrota, para Cuba, por 3 a 2. Nas quartas-de-final, passaram fácil pelo Japão, por 3 a 0.

Na semifinal, reencontraram as cubanas em outra partida épica em que venceram os dois primeiros sets e viram as americanas forçarem o tie-break. A equipe chinesa soube reencontrar seu equilíbrio no quinto set e atropelou as adversárias, confirmando seu lugar na decisão.

O jogo
Os dois lados capricharam no saque e nas defesas, proporcionando pontos muito disputados durante praticamente toda a partida. Nos três primeiros sets, em raros momentos uma das equipes conseguiu abrir uma vantagem superior a dois pontos.

No primeiro set, a Rússia conseguiu evitar, num contra-ataque, que a China vencesse. Empatou em 24 a 24. A China marcou o 25º ponto na seqüência, mas as russas buscaram a igualdade. A cena se repetiu até o empate em 28 a 28, quando Gamova fez a diferença. Acionada em todas as bolas decisivas, a ponteira primeiro explorou o bloqueio e depois converteu um ataque para selar a vitória da Rússia por 30 a 28.

A China tornou a liderar no início da segunda parcial e outra vez perdeu a vantagem para as européias nos pontos finais do set (21 a 19). As asiáticas buscaram o empate e a história da primeira parcial se repetiu, com uma equipe perseguindo a outra até o empate em 24 a 24.

Zhang sacou fora e deu a vantagem à Rússia, que conseguiu um contra-ataque em seguida para chegar ao 26º ponto. Outro erro chinês, desta vez no ataque, fez as russas fecharem o segundo set.

Como esperado, a China reagiu e fechou com relativa facilidade o terceiro set, melhorando no bloqueio e se aproveitando também de erros da equipe russa. No saque as asiáticas também foram superiores e neste fundamento conquistaram o segundo e os último pontos da parcial.

No quarto set, as russas voltaram a apelar para Gamova, centralizando nela a maioria das jogadas. A China abriu vantagem inicial, mas as européias encostaram no placar. Os times chegaram juntos a 21-21, depois a 23 a 23. Mas o saque chinês fez a diferença, quebrando o passe do time de Karpol para um bloqueio e um contra-ataque asiáticos definirem a parcial.

No tie-break, apesar de ser a equipe que mais cedeu pontos em erros ao adversário (23 contra 14 da Rússia), a China foi impecável e não deu chances das russas repetirem o que fizeram contra o Brasil na semifinal. No bloqueio sobre Gamova, as chinesas abriram três pontos de vantagem na reta final e souberam administrá-los até o fim do jogo.
--------------------------------
Não teve Karpol que desse jeito no limitado time russo... ficam na memória a vitória delas sobre o Brasil e minha paixão repentina pela Ekaterina Gamova. Nunca uma mulher de 2,04m foi tão bela. Ela é orelhuda, mas tem um par de olhos verdes e um sorriso matadores.

Ei-la:




Nenhum comentário: