Por falar em vôlei feminino, outro dia li um post de um camarada no V-Spirit que me botou pra pensar, com o médio conhecimento que tenho sobre o esporte.
O cidadão soltou que China e Cuba vão dominar o vôlei feminino por longo tempo, e explicou os motivos:
-- A China tem na sua levantadora seu ponto forte. Conseguem com isso dar consistência, velocidade e criatividade ao jogo delas. Sem falar que no aspecto psicológico elas são quase imbatíveis, tamanha a frieza.
-- Cuba, mesmo renovando seu time, permanece com o jogo de força e intimidação, que sempre dá bons resultados. Não foram tricampeãs olímpicas à toa, e só não pegaram o tetra porque a China estava num melhor momento na semifinal. Olho nelas em Pequim.
-- O problema da Rússia chama-se Nikolai Karpol. Ou melhor, chama-se Sheshenina. Com uma levantadora limitada e inexperiente, o esquema de jogo do Karpol vai pro saco. No jogo contra a China, tinha hora que Sokolova e Gamova não agüentavam mais saltar pra bater as bolas de ponta previsíveis que a sucessora (será?) de Gratcheva e Vassilevskaia. Como a levantadora e o esquema do técnico são limitados, acabaram perdendo. Resultado: a não ser que haja uma melhora do jogo da levantadora ou, mais improvável, uma mudança de mentalidade do Karpol, a Rússia vai continuar como um time extremamente limitado. A favor do Karpol, temos o fato dele sempre ter o time na mão e conseguir, com aquele método que certamente inspirou o nosso Bernardinho, motivar suas atletas. Mas ele tá com 70 anos... não estranharia se sua auxiliar, a Oguienko, assumisse a seleção em breve.
-- Finalmente, o Brasil. Time bom a gente tem, mas falha terrivelmente no aspecto psicológico. O jogo contra a Rússia foi o símbolo dessas falhas, mas outras derrotas, em especial para Cuba em Atlanta e Sydney, também ligaram o alerta. Escroto é que ninguém faz nada pra mudar isso. O time precisa de auxílio de algum profissional, correndo, porque qualidade técnica o time tem. Mari, em Pequim, estará mais experiente, com 25 anos, e pode arrebentar. Outras jogadoras, como Érika, Waleska, Arlene também estarão melhores. E teremos o reforço da Paula Pequeno, que não foi pra Atenas devido a uma contusão. Torço por tudo isso. Chega de perder semifinal...
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