Na segunda, acordamos cedo como sempre, só que não havia mais a necessidade de madrugar pra ir pro autódromo. Tínhamos dois programas marcados para aquele dia. O primeiro deles seria ir pra Zona Leste da cidade, onde mora minha avó paterna. Combinei com uma tia minha que iríamos para a estação Corinthians/Itaquera e que lá um dos meus primos iria nos buscar. Beleza.
Chuva na cidade. Tempo horroroso. Chegamos na estação e nada do meu primo. Idas, vindas, voltas, reviravoltas, anda pra cá, anda pra lá - a estação é enorme, porque ali também funcionam estações de trem e um PoupaTempo, espécie de versão paulistana do Expresso Cidadão aqui de Pernambuco. Uma longa espera, Gil começando a apresentar os sintomas da enxaqueca e, conseqüentemente, perdendo o humor e a disposição, mas as coisas iriam melhorar. De repente, meu primo aparece. Ele que me reconheceu, já que não iria reconhecê-lo nunca. Do moleque magrinho e mirrado, virou um camarada da minha altura, careca e tão gordo quanto eu.
William - esse é o nome do meu primo - nos levou de Itaquera até a casa da minha avó, que é em São Miguel Paulista - no carro mais lascado que andei na vida. Um Opala branco caindo aos pedaços, sem cinto de segurança, só com uma parte do limpador de pára-brisas... pense numa bomba sobre rodas. Pensou? Era o carro. Gil, no banco de trás, ficou completamente calada o tempo todo, morrendo de medo, enquanto eu tinha um papo viajandão de política, incluindo uma teoria de que existe eleição pra vereador com segundo turno (?)...
Chegando na casa da minha avó Lavínia, tudo deu certo. Fiquei feliz demais ao ver que ela, apesar dos derrames que teve nos últimos anos, que a obrigaram a viver em cadeira de rodas, está absolutamente lúcida, sorridente, feliz. Foi fantástico vê-la assim. E três tias minhas também nos recepcionaram. Foram ótimas horas. Ninguém parecia ali estar fazendo sala pra gente. O clima era absolutamente tranqüilo, bem diferente de outras situações familiares que tenho que encarar. Gil, apesar de não estar se sentindo bem, adorou.
Saindo da casa de vovó, nos ensinaram a ir e voltar de ônibus pra lá... ainda bem, espero nunca ter que andar no carro do meu primo de novo!
E de lá viria um programão de índio... que fica pro próximo post.
terça-feira, 9 de novembro de 2004
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