01h27 - 07/03/2004
Schumacher vence e Rubinho fica em 2º no GP da Austrália
Da Redação
Em São Paulo
O alemão Michael Schumacher deu neste domingo o primeiro passo para a conquista do heptacampeonato da Fórmula 1. Schumacher, impecável, venceu o GP da Austrália pela quarta vez nos últimos cinco anos e fechou um fim de semana de dominínio absoluto da Ferrari: Rubinho ficou em segundo, repetindo a ordem de classificação para o grid, no sábado. O espanhol Fernando Alonso, da Renault, completou o pódio.
A supremacia da Ferrari foi gritante em todo o fim de semana. Schumacher foi o mais rápido em todos os treinos. No domingo, em nenhum momento da prova, nem mesmo na largada, os carros vermelhos foram ameaçados. O alemão, que chegou à 71ª vitória de sua carreira, mostrou que ainda tem energia suficiente para continuar conquistando provas e até mesmo o título de campeão mundial.
Barrichello também foi bem, considerando que seu carro não rendeu tanto na segunda metade da prova. Ao brasileiro cabe o mérito de ter feito uma excelente volta de classificação e largar na primeira fila, o suficiente para aproveitar o "passeio" a bordo do carro número dois e colocar oito pontos na tabela de classificação.
Os outros brasileiros tiveram atuações médias. Felipe Massa, em um grande momento da prova, ultrapassou Kimi Raikkonen, que abandonou a disputa. Após deixar seu carro escapar por três vezes ao longo da prova -em todas, o brasileiro se recuperou, Massa teve de abandonar a 14 voltas do final, com problemas em sua Sauber equipada com motores Ferrari 2003. Cristiano da Matta, com a limitada Toyota, pelo menos completou a prova, ficando com a 12ª posição.
A Williams foi obrigada a se contentar com a quarta e a quinta colocação, com Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya, respectivamente. Só um carro da McLaren terminou a prova, com o escocês David Coulhard fechando a zona de pontuação com a oitava colocação.
A prova
As Ferraris largaram bem e mantiveram suas posições originais na primeira volta. Montoya, que largou em terceiro, errou logo na primeira curva e caiu para a sétima colocação. Antes mesmo do final do primeiro giro, o colombiano ultrapassou o companheiro de equipe Ralf Schumacher e ficou em sexto, atrás de Fernando Alonso (3º), Jenson Button (4º) e Jarno Trulli (5º).
Antes mesmo da prova chegar às 10 voltas completas, os pilotos começaram a fazer os primeiros pitstops, sinalizando que boa parte dos corredores fariam mesmo três paradas. Giancarlo Fisichella, da Sauber, parou na nona volta. Montoya parou na volta seguinte, Rubinho na 11ª e Schumacher, na 12ª.
Na décima volta, Felipe Massa (Sauber) e Kimi Raikkonen (McLaren) protagonizaram a primeira grande briga da temporada. O brasileiro, tentando conquistar a oitava posição, colocou duas rodas na grama e foi para cima do "homem de gelo". Raikkonen, apontado como um dos favoritos à conquista do título, rodou e foi obrigado a abandonar a prova.
Depois do primeiro pit stop, as Ferraris mostravam que dificilmente seriam batidos naquela corrida. Os carros da escuderia italiana completavam cada volta em, em média, 1s4 segundo mais rápido que os concorrentes mais próximos. As Williams, que prometiam dar trabalho para a Ferrari, tinham dificuldade de alcançar os pilotos da Renault. Montoya lutou muito para ultrapassar Jarno Trulli, o que só conseguiu na 23ª volta.
Com a segunda parada, Schumacher começou a abrir distância para Rubinho. O brasileiro, embora não conseguisse se aproximar do alemão, corria tranqüilo para garantir a segunda colocação na prova, com mais de 20 segundos de vantagem para o espanhol Fernando Alonso, da Renault, em terceiro.
Montoya seguia crescendo, mesmo longe das Ferraris. A próxima vítima foi Jenson Button, da BAR, que viu o colombiano crescer no retrovisor e se colocou, em vão, na defensiva. Montoya colocou a Williams lado a lado com o carro do motor Honda e acelerou. Button foi para a terra e perdeu a quarta posição.
A terceira parada colocou um pingo de emoção na prova: o carro de Barrichello perdia muito tempo nas primeiras voltas após o reabastecimento e troca de pneus, mas a distância para Alonso e o segundo pelotão - todos que não as Ferraris - era de mais de 30 segundos. No final, o brasileiro ainda teve folga suficiente para chegar com 20 segundos de vantagem.
A 14 voltas do final, Felipe Massa abandonou com problemas mecânicos em sua Sauber. Cristiano da Matta, com a Toyota, levou o carro até o fim e chegou na 12ª posição.
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Apesar de algumas ultrapassagens aqui e ali e da largada bacana, a corrida foi chata pacas. Ninguém incomodou as Ferrari em momento algum da prova.
Espero que a partir da próxima corrida a coisa melhore, tanto com a evolução dos carros da Williams e da McLaren quanto com a guerra dos pneus. A Michelin não vai deixar o passeio de ontem se repetir...
E recado pro Montoya: ACORDA!
Não vale a pena falar do Rubinho. Ele contentou-se com o papel de capacho do alemão por grana. E será assim até 2006.
segunda-feira, 8 de março de 2004
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