segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Fome de Viver
Filme de 1983, dirigido por Tony Scott. Com Catherine Deneuve, David Bowie e Susan Sarandon.
Tony Scott é o irmão mais novo de Ridley (Alien, Blade Runner, Gladiador) e tem origem na publicidade. Fome de Viver, sua estréia como diretor no cinema, é um ótimo cartão de visitas de estilo e personalidade.
No filme, a sempre bela (e nesse caso, etérea como nunca) Deneuve é Myriam, uma vampira de milhares de anos que vive ao lado de seu amante da vez, o também vampiro John (Bowie). Os dois, sempre impecavelmente vestidos, sempre saem à noite a procura de sangue novo, em clubes de rock de Nova York. É o que notamos na abertura, onde ambos estão à caça ao som de "Bela Lugosi´s Dead" do Bauhaus. Sangue novo encontrado, o casal o(s) levava para sua estilosa mansão, onde acabavam virando comida de vampiro...
Só que nem tudo é eterno na vida do casal. John começa a sofrer de envelhecimento acelerado, e, assustado com seu futuro, ele procura a dra. Sara Roberts (Susan Sarandon), que faz estudos sobre doenças ligadas ao envelhecimento. A médica, sem fazer idéia do que a aguardaria, ignora a urgência da visita de John, deixa o pobre vampiro mofando - e envelhecendo - por horas a fio, e isso acaba a intrigando - e isso faz a doutora procurar Myriam. A partir daí, temos um sutil jogo de sedução entre as duas, que acaba sendo mortal para ambas.
As melhores coisas do filme, além das ótimas atuações do trio principal, são a ambientação, uma mistura de chique, decadente e macabro, e a edição, bem típica de um trabalho feito por alguém que vinha da publicidade. Cenas lentas, bem montadas, que às vezes parecem mesmo um grande anúncio com dentes pontudos.
Vale a pena, mesmo que seja apenas como um exercício de estilo.
Abaixo, o clipe de "Bela Lugosi´s Dead", com várias cenas da introdução do filme:
E depois desse filme, Tony Scott faria de Tom Cruise um astro, com Top Gun.
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