quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Coitados dos que forem viajar de avião...

13/12/2006 - 12h53
Anac admite que situação nos aeroportos "não será ideal" no fim do ano

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, reconheceu nesta quarta-feira que a situação nos aeroportos brasileiros "ainda não será a ideal" no final deste ano. Segundo ele, a população deve ficar tranqüila, pois todas as medidas necessárias para amenizar a crise foram tomadas, mas o cenário não estará normal.

"Todas as medidas de curto e médio prazo que podiam ter sido tomadas foram tomadas. Vamos ter um final de ano que consideramos bom, mas ainda não o ideal."

Zuanazzi participa de uma audiência pública sobre os problemas do setor aéreo brasileiro, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Estão presentes também o ministro da Defesa, Waldir Pires; o comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos Bueno; o presidente da Infraero, José Carlos Pereira; o representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho; o diretor-presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), Marco Antonio Bologna; e a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio.

Na abertura da audiência, o ministro da Defesa negou que tenha havido contingenciamento dos recursos destinados ao setor por parte do governo federal, conforme apontou um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) divulgado terça-feira (11). Para o tribunal, houve cortes e contingenciamento de R$ 522 milhões no setor nos últimos três anos, além de má gestão.

Falta de pessoal

O secretário de economia e finanças da Aeronáutica, brigadeiro José Carlos Diegues, afirmou, na mesma audiência, que a FAB (Força Aérea Brasileira) solicitada a ampliação do número de controladores de tráfego aéreo desde 2004. "Formam-se 130 controladores por ano, Em 2004, foi solicitada ampliação para 160, mas isso só ocorre três anos depois."

O brigadeiro reconheceu que, após a queda do Boeing da Gol ocorrida no último dia 29 de setembro, "não havia recursos humanos na prateleira" para substituir os dez controladores afastados por estarem de serviço naquele dia.

Crise


No final de outubro os passageiros enfrentaram atrasos nos principais aeroportos do país. Inicialmente, os problemas foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos, após o acidente com o Boeing da Gol, que causou a morte dos 154 ocupantes.

O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2 de novembro, feriado de Finados. No dia 14 do mesmo mês, véspera do feriado da Proclamação da República, grandes atrasos voltaram a ser registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília.

Entre os últimos dias 19 e 20 de novembro, os passageiros enfrentaram transtornos atribuídos, na ocasião, à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) --que coordena o tráfego na região Sul.

No último dia 5, uma pane cortou a comunicação por rádio entre os controladores do Cindacta 1, em Brasília, e os pilotos. Com isso, passageiros voltaram a enfrentar uma série de atrasos e cancelamentos de vôos.
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Passei por isso uma vez, Gil passou duas... é horrível. Haja paciência.

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