Ontem foi dia de passar na locadora e assistir...
Meninas Malvadas (Mean Girls, EUA, 2004), com Lindsay Lohan, Tina Fey.
Eu sempre gostei de comédias adolescentes e filmes ambientados em high schools. Desde os agora clássicos do John Hughes. Pois bem, depois de uma temporada de filmes podrões, finalmente alguma alma resolve fazer um filme do gênero que não ofende nosso cérebro e que não é um besteirol completo. Meninas Malvadas é dessa rara leva. Contando a história de uma garota que, depois de anos vivendo na África e sendo educada pelos pais, entra na escola. O filme vai acompanhando a trabalheira para a garota se adaptar ao verdadeiro sistema de castas das high schools, e a batalha de cada uma dessas "castas" para cooptar a nova integrante. Não adianta contar mais, senão perde a graça. Mas as comparações do ambiente escolar com o mundo animal e a cena do quarteto de garotas dançando fantasiadas de ajudantes de Papai Noel ao som de "Jingle Bell Rock" já valem o filme. Mas o recheio é bem maior. E Lindsay Lohan, além de linda, atua bem e tem enorme potencial.
Encontros e Desencontros (Lost in Translation, EUA/Japão, 2003), de Sofia Coppola, com Bill Murray e Scarlett Johansson.
Na época do lançamento do filme nos cinemas, o trailer ao som de "Just Like Honey" do Jesus and Mary Chain me chamou bastante a atenção pro filme, que por algum motivo inexplicável, eu acabei nem vendo na telona. Pois bem, sobrou pra telinha. E que arrependimento em não ter visto no cinema! A história do ator decadente e da jovem entediada com o marido que não dá a mínima pra ela, ambos completamente fora de seus habitats naturais e perdidos em Tóquio, é uma aula de sensibilidade. O filme apresenta, desenvolve e torna os personagens cúmplices. Não há muitos diálogos. O filme transmite mais pelos olhares, expressões e gestos dos personagens. A atuação do casal protagonista é excepcional, e a química dos dois funciona perfeitamente. E uma enorme quantidade de cenas memoráveis desfila pela tela... das gravações e fotos de Bob Harris (Bill Murray) para o comercial de uísque, quando o personagem se sente completamente perdido com todos ao seu redor falando japonês, ao tédio extremo da falta de adaptação ao fuso horário local. Ou das cenas de karaokê, que é uma verdadeira instituição japonesa, onde Murray e Johansson desfilam seus talentos vocais... não dá pra falar mais muita coisa. Se você viu o filme, entende. Se não viu, corre na locadora. Vai valer a pena.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2005
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