quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Primeiros filmes do ano

Ontem foi dia de passar na locadora e assistir...



Meninas Malvadas (Mean Girls, EUA, 2004), com Lindsay Lohan, Tina Fey.

Eu sempre gostei de comédias adolescentes e filmes ambientados em high schools. Desde os agora clássicos do John Hughes. Pois bem, depois de uma temporada de filmes podrões, finalmente alguma alma resolve fazer um filme do gênero que não ofende nosso cérebro e que não é um besteirol completo. Meninas Malvadas é dessa rara leva. Contando a história de uma garota que, depois de anos vivendo na África e sendo educada pelos pais, entra na escola. O filme vai acompanhando a trabalheira para a garota se adaptar ao verdadeiro sistema de castas das high schools, e a batalha de cada uma dessas "castas" para cooptar a nova integrante. Não adianta contar mais, senão perde a graça. Mas as comparações do ambiente escolar com o mundo animal e a cena do quarteto de garotas dançando fantasiadas de ajudantes de Papai Noel ao som de "Jingle Bell Rock" já valem o filme. Mas o recheio é bem maior. E Lindsay Lohan, além de linda, atua bem e tem enorme potencial.



Encontros e Desencontros (Lost in Translation, EUA/Japão, 2003), de Sofia Coppola, com Bill Murray e Scarlett Johansson.

Na época do lançamento do filme nos cinemas, o trailer ao som de "Just Like Honey" do Jesus and Mary Chain me chamou bastante a atenção pro filme, que por algum motivo inexplicável, eu acabei nem vendo na telona. Pois bem, sobrou pra telinha. E que arrependimento em não ter visto no cinema! A história do ator decadente e da jovem entediada com o marido que não dá a mínima pra ela, ambos completamente fora de seus habitats naturais e perdidos em Tóquio, é uma aula de sensibilidade. O filme apresenta, desenvolve e torna os personagens cúmplices. Não há muitos diálogos. O filme transmite mais pelos olhares, expressões e gestos dos personagens. A atuação do casal protagonista é excepcional, e a química dos dois funciona perfeitamente. E uma enorme quantidade de cenas memoráveis desfila pela tela... das gravações e fotos de Bob Harris (Bill Murray) para o comercial de uísque, quando o personagem se sente completamente perdido com todos ao seu redor falando japonês, ao tédio extremo da falta de adaptação ao fuso horário local. Ou das cenas de karaokê, que é uma verdadeira instituição japonesa, onde Murray e Johansson desfilam seus talentos vocais... não dá pra falar mais muita coisa. Se você viu o filme, entende. Se não viu, corre na locadora. Vai valer a pena.
Uma das primeiras resoluções do ano novo foi voltar a fazer academia. Ontem já pesquisei e eu e meu irmão já vimos onde vamos voltar a malhar. O lance agora é fechar a boca junto. E o fato é que eu preciso emagrecer.
2005 começando, algumas coisas continuam iguais, outras já mudaram... não estou mais trabalhando no projeto da Rádio Saber, mas continuo na Caderno 1. E enquanto isso, vou buscando algumas alternativas extras. Mas por enquanto, nada de concreto.
Olá pessoal, bom dia, boa tarde, boa noite!

domingo, 2 de janeiro de 2005

Enquanto isso, no campeonato brasileiro...









E não é que o Santos foi campeão? Hehehehe

Teve um certo time de Curitiba que andou colocando painel de contagem regressiva, seu treinador chegou a dizer que o time estava no piloto automático... sua torcida já contava como certa a segunda estrela na camisa... mas entre pensar e concretizar, há um abismo. O Atlético Paranaense deixou o Juventude empatar depois de estar ganhando por 3x1, o Grêmio empatar depois de estar vencendo por 3x0 e perdeu pro Vasco por 1x0. Esses tropeços foram suficientes pro Santos encostar, passar e dizer "adivinha quem veio pegar a taça?".

E olha que o Santos passou um tempão sem Robinho, que teve seu futebol seqüestrado juntamente com sua mãe, em novembro. Lamentável. Isso sem falar nos constantes e chatos erros de arbitragem que quase empacam a festa peixeira. Sem falar também no STJD, que fez o Santos perder inúmeros mandos de campo, tanto que jogou a partida final contra o Vasco em São José do Rio Preto, no Teixeirão, que agora ganhou o apelido de Peixeirão:)

E para 2005, o Santos se torna uma incógnita, já que Vanderlei Luxemburgo se mandou... pro Real Madrid! Oswaldo de Oliveira, que depois da ótima campanha com o Vasco em 2000 nunca mais engrenou em time algum, tem sua grande chance de voltar a ser um dos grandes técnicos do país. O Santos tem um estadual, uma Libertadores e outro longo Brasileiro pela frente, sem falar na Sulamericana no segundo semestre. Veremos no que isso pode dar.

De volta ao mundo real

Depois de passar a quinta 4 descansando, voltei ao trabalho na sexta, dia 05. Muitas mudanças em um dos trampos. Quantidade de trabalho diminuiu, o que de certa forma me desestimulou um pouco, e me fez levar as coisas até o final do ano meio que empurrando com a barriga.
O fato é que agora em 2005 as coisas têm mesmo que mudar. Ou arrumar outra coisa, ou fazer a atual melhorar.

As compras

Não é nenhum exercício de ostentação, mas abaixo, a lista de tudo que me deixou falido depois da viagem, hehehe

CDs

The Wedding Album, Duran Duran
Dark Side of the Moon (SACD), Pink Floyd
Nada Como um Dia Após Outro Dia, Racionais MC´s
American Psycho, trilha sonora
Beat Surrender (coletânea), The Jam
The Story of the Clash (coletânea), The Clash
The Soul Sessions, Joss Stone
Mind, Body and Soul, Joss Stone
Happiness in Magazines, Graham Coxon
Big Bang, Os Paralamas do Sucesso
Os Grãos, Os Paralamas do Sucesso
D, Os Paralamas do Sucesso
Longo Caminho, Os Paralamas do Sucesso
2 É Demais (Psicoacústica + Os Meninos da Rua Paulo), Ira!
Saúde, Rita Lee
As Quatro Estações - Ao Vivo, Legião Urbana
Como É Que Se Diz Eu Te Amo (ao vivo), Legião Urbana
Soul Mining, The The
The Years 1979-1997, INXS (box com CD duplo e um DVD com clipes)

DVDs

Devotional, Depeche Mode
Play, Moby

Outros

Camisa do centenário do Botafogo
Duas camisas pólo
Uma camiseta do Senna
Uma camiseta do NY Rangers

Mais uns trecos pra minha mãe, revistas do Tio Patinhas, outras revistas... :)

Nem vale a pena calcular o total de gastos... o fato é que estamos em janeiro e tem coisa daí que ainda estou pagando. Arrependimento? Nenhum, nenhum mesmo.

Quarta-feira, 03 de outubro

Último dia de viagem. Tínhamos que aproveitar ao máximo. As malas já estavam praticamente arrumadas desde o dia anterior. Pois bem. Acordamos bem cedo, tomamos café rapidamente e lá fomos, a pé mesmo, pro Leme, curtir o costão dos pescadores, onde Gil costuma sentar e olhar o mar, o céu e o Cristo Redentor que abençoava a todos naquele tórrido dia. Passeando, de mãos dadas, olhando a paisagem, tirando foto do Copacabana Palace, conferindo a cachorrada que reina naquele pedaço de terra... chegando no Leme, ficamos lá curtindo, conversando, pensando no que aconteceria nos dias seguintes, pensando que voltaríamos ao trabalho, essas coisas todas. O mar estava especialmente transparente naquela manhã, e um cachorro brincava na água. Sortudo aquele bicho:)
Fizemos o trajeto de volta pela Av. Nossa Senhora de Copacabana, e na última loja que entrei, finalmente achei a camisa do centenário do Botafogo que queria - é um modelo aberto, com botões, que você usa como se fosse uma camisa, e não como uma camiseta. Foi uma última extravagância naquela viagem de sonho. Estávamos felizes, com a sensação de que aqueles dias tinham passado rápido demais, e voltamos pro hotel para os últimos instantes em terras cariocas. Terminamos de arrumar as coisas, fizemos o check-out, pegamos o busão pro aeroporto e priu. No fim da tarde daquela quarta-feira, estávamos de volta pra casa. Ela pegou carona com o pai dela, e meu irmão foi me buscar. Era o fim.

Tratado de viagem - terça, 02 de outubro

Era feriado de Finados, mas quem disse que tudo ia fechar lá na Cidade Maravilhosa? Que nada. As coisas apenas abririam um pouco mais tarde. Por isso o dia foi dos mais agitados.
Acordamos bem cedo - afinal, no dia anterior não tivemos muitas atividades e acabamos dormindo cedo - e encaramos com toda a calma do mundo mais um café da manhã do hotel. De lá voltamos pro quarto, e deixei Gil lá enquanto descia pra resolver uma coisa e preparar uma baita surpresa pra ela. Quando voltei, minutos depois, lá estava eu com um ramalhete de flores nas mãos (veja a foto das flores aqui). A cara dela quando viu que tinha comprado flores foi algo digno de registro, mas ela também tinha preparado uma surpresa pra mim. E nossa manhã rolou num clima de absoluta felicidade lá no hotel mesmo, e depois saímos para caminhar por Copacabana, vendo a paisagem, curtindo, visitando bancas de revistas - Gil atrás das figurinhas dela, e eu vendo tudo... eu sou um verdadeiro alucinado por revistas, quem vem aqui em casa e entra no meu quarto já percebe isso:) Ali naquela área mesmo, perto da Rua Paula Freitas, almoçamos e de lá fomos pro ponto de ônibus. Nosso programa para a tarde era uma ida ao "outro lado" do Rio de Janeiro: a Barra da Tijuca.
Admito que três coisas me faziam querer ir lá: a primeira era a própria paisagem do lugar, que diziam ser bem diferente do resto da cidade. Depois, queria ver de perto a murrinha de Estátua da Liberdade que existe em frente ao New York City Center. Sempre que li sobre aquilo, ficava incrédulo. E o terceiro motivo era a Fnac, uma hipermegaloja de livros, discos e DVDs, fora outros trecos.
Pois bem: pegando o 175 rumo à Barra, já vi pelo próprio trajeto pra chegar lá que as coisas eram diferentes. Longas avenidas, longos túneis, e de repente prédios altos, um local com cara de São Paulo na Marginal, só que com o clima do Rio. É, estávamos mesmo na Barra, a "Miami carioca", mas quem quiser chamar de versão carioca de São Paulo, também pode... porque tirando a praia, me senti de volta a Sampa:)
A estátua existe, tirei até foto da infeliz. Continuo achando completamente nonsense um espaço comercial no Brasil com uma Estátua da Liberdade na entrada, mesmo considerando que ele leva o nome da Big Apple. Mas o NYCC é bacana. Na verdade ele é um anexo do BarraShopping, só que mais dedicado ao lazer e alimentação. Lá tem os tentadores Outback e Joe & Leo´s (confesso que senti vontade de comer nos dois, mas ambos, naquele instante, estavam totalmente fora do nosso alcance financeiro, e nem com fome estávamos), e um monstruoso complexo da UCI com 18 salas. Quase entramos para ver um filme com o Bruce Willis (acho que era Meu Vizinho Mafioso 2), mas os ingressos caríssimos (dezesseis reais, beberam?) fizeram a gente mudar de idéia. Pois bem.
Depois de uma passada na Saraiva Megastore - que tinha muita coisa interessante, mas muitas coisas interessantes caras:) - lá fomos nós pra Fnac. Enquanto Gil achava um CD do Elvis por 11,90, eu ia mergulhando nos DVDs. Eu ia pegando os musicais, e à medida que ia achando outra coisa que me interessava eu pegava e fazia uma espécie de hierarquia. No fim das contas, saí de lá um DVD do Depeche Mode e um box com CD duplo+DVD, este do INXS. Tudo valeu demais a pena. Ainda voltei na Saraiva pra comprar um CD do The The (sim, é assim mesmo) que tinha visto lá e que procurava há tempos, e finalizei as compras daquele dia com o tal disco e o DVD Play, do Moby.
E nem no badalado BarraShopping eu consegui achar a camisa do Botafogo...:)
Finalizada nossa aventura de compras na Barra, enquanto curtíamos a paisagem pela janela do ônibus que passava pela Av. Niemeyer e pelo bairro de São Conrado com destino a Ipanema e depois Copacabana, decidimos ver o pôr-do-sol no Arpoador. Voltamos pro hotel, deixamos as compras lá e fomos curtir aquela paisagem divina pela última vez naquela viagem. Valeu demais a pena.
Para a janta, pretendíamos pedir pizza na Domino´s pra comer lá mesmo no hotel, mas algumas inviabilidades em relação a formas de pagamento empacaram nossa vida, e acabamos comprando sanduíches no Bob´s da Av. Atlântica mesmo. Pena que os sandubas não estavam nem de longe bons como no dia em que chegamos no Rio. Mas isso foi um problema menor. A viagem estava acabando.

Tratado de viagem - segunda, 01 de novembro

Não tínhamos nenhum programa marcado para aquela segunda-feira. Pois então tomamos o café da manhã no hotel sem muita pressa, e ficamos ali mesmo por Copacabana naquela manhã. À tarde, encontramos Stella novamente, desta vez no Botafogo Praia Shopping, que por ser pequeno e com muitos andares, é também chamado de "escada shopping". Realmente, são oito andares... mas que vista o local tem no último andar! É incrível mesmo ter visão previlegiada da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar. Ficamos por lá conversando potoca, como um trio de velhos amigos faz sempre que se encontra. E do shopping tocamos para a Urca, que eu e Gil admiramos cada vez mais à medida em que o tempo passa e NÃO ganhamos na Megasena para comprarmos nossa casinha lá:)
Enquanto conversávamos, percebemos um pessoal tentando fazer um ensaio com uma modelo nas areias de um campinho, só que digamos que o tempo naquele dia estava meio nublado e o vento era excessivo, ou seja, tudo que NÃO combina com um editorial de moda. Deu pena da moça, tava com uma pinta de que estava sendo enrolada... mas quem éramos nós ali pra nos metermos?
No fim da tarde Stella teve que ir embora, e ainda fiquei mais um tempo com Gil lá curtindo. Chegamos a pensar em jantar por lá mesmo, com a Guanabara pra admirar, mas o liseu e a falta de alternativas - se alguém do Rio ler este blog, por favor responda se existe alguma alternativa além do Garota da Urca naquela área - fizeram a gente voltar pra Copacabana, e lá ficamos namorando. E aquela segunda terminava. O dia seguinte seria mais agitado. Bem mais agitado.

Tratado de viagem - domingo, 31 de outubro

Aquele domingo também amanheceu ensolarado, e para aquele dia, já tínhamos nosso programa: ver a Lagoa Rodrigo de Freitas. Por motivo pelo qual não sei explicar - talvez a vista da lagoa do Cristo, sei lá - eu desde a viagem de 2001 queria visitar o lugar, e lá fomos nós.
Um erro que cometemos naquele dia foi sair um tanto tarde, já que não acordamos exatamente cedo - na noite anterior, por causa do jantar, fomos dormir bem mais tarde que o habitual. O resultado foi que só saímos do hotel por volta de 9:30, com o sol já esquentando.
Saímos do hotel, e lá fomos nós, andando... pegamos o pedaço final de Copacabana, o Arpoador e entramos em Ipanema. Posso estar falando besteira, mas Ipanema lembrou mais uma praia urbana normal, como a de Boa Viagem aqui em Recife, enquanto Copa tem cara mesmo de praia pra turista. Muito mais carros na rua, mais agitação, essas coisas, estão em Ipanema.
Em Ipanema, chegamos até a Rua Vinicius de Moraes, e fomos seguindo nela - com direito a já clássica parada para Gil comprar figurinhas - até a Lagoa. Lá, sentamos, bebemos água de coco e, lá pelas 10 da matina, lá fomos nós começar a caminhada.
Tudo estaria absolutamente normal, afinal havia centenas de pessoas como nós caminhando na Lagoa. Mas o nosso amigo sol resolveu marcar presença. No começo, tudo bem, eu estava disposto, caminhava a passos largos, mas a temperatura começou a subir. Quando chegamos, estava por volta dos 28 graus. À medida que íamos caminhando, o calor aumentava, até uma hora que os termômetros bateram em TRINTA E OITO graus. Resultado: as caminhadas ficavam mais curtas, eu parava mais para sentar, as costas começavam a doer, eu me calava... e Gil percebeu que em uma determinada hora eu não agüentava mais. Não ia dar pra fazer a volta completa. Acho que percorremos, sei lá, dois terços do percurso. Na próxima viagem, já sei o que fazer: sete da matina na Lagoa...:)
Por causa dessa parada, pegamos um ônibus para Copacabana na primeira parada após a saída do Túnel Rebouças e voltamos pro hotel. Lá eu tomei um banho e... pimba, lona. Apaguei, mesmo.
E Gil, em vez de ficar de bobeira lá comigo, fez o certo. Como ela é de ferro e não estava acabada, ela passou a tarde na rua e foi às compras. Voltou com CD, figurinha e até uma foto linda do casal protagonista d´A Gata e o Rato. Ela estava certa.
Pois bem. No começo da noite ela estava de volta, eu estava recuperado e acordado, e lá fomos nós pro Rio Sul, onde combinamos de encontrar alguns amigos. Enquanto a hora de encontrar o povo não chegava, fizemos mais algumas compras nas Americanas - uma pilha de CDs de rock nacional baratinhos, eu quase completei a discografia dos Paralamas nessa história - e continuamos nossa busca pela camisa do centenário do Botafogo, que eu até achava, mas não no modelo que eu queria.
Pois bem, o encontro com os amigos Aruan, Cecília, Gabriel e Aruan - infelizmente o casal Daniel & Angélica sumiu e o Anderson não pôde vir de Cabo Frio pro Rio - foi ótimo, apesar da pizza e do atendimento péssimos da Viena, a pizzaria escolhida. Muito papo jogado fora, histórias contadas, todo mundo bem, todo mundo em paz, e lá pelas 11 da noite fomos nós de volta pro hotel. Faltavam agora apenas três dias pro final de nossa viagem.