Aquela quinta-feira amanheceu ensolarada, pra variar. Depois do nosso primeiro café da manhã em terras cariocas - bom, mas o repertório do Normandie em SP era melhor - lá fomos caminhar até o Leme, curtindo a paisagem de Copacabana, olhando as pessoas, os cachorros... tinha até cachorro segurando a própria coleira, pode?
Nessa caminhada, estávamos andando de mãos dadas e um camarada que passou pela gente soltou a gracinha... "olha, de mãozinha dada"... é certo que ele deve ter achado que eu era um turista gringo e ela uma oferecida qualquer. Gil riu, eu fiquei meio puto, mas passou logo.
Ficamos algum tempo no Leme, curtindo a vista, a paz dos pescadores, as barracas, o visual da praia... tudo lindo, tudo bem.
Voltamos pro hotel de ônibus, porque a tarde nos reservava o programa que ficou pela metade em 2001: o Cristo Redentor.
Na viagem anterior, o tempo nublado, frio e muito feio transformou nossa ida ao Cristo num martírio. Primeiro, as escadas acabaram comigo, tanto que eu acabei tendo que ser tratado à base de Gelol na volta. E a vista se resumia a... nuvens.
Agora ia ser diferente. O sol lindo no céu ia nos ajudar.
Só que tinha um detalhe: 28 de outubro é dia de São Judas Tadeu, um dos santos mais cultuados da cidade, e patrono do Flamengo. E a Igreja de São Judas Tadeu fica próxima ao Corcovado. Pois bem, por conta disso levamos duas horas pra chegar no Cosme Velho. Normalmente levaríamos meia hora, e olhe lá.
Mas tudo bem. Pagamos, embarcamos no trem do Corcovado e lá fomos morro acima. Curtindo a paisagem, imaginando como deve ser a vida das pessoas que moram naquele morro.
E chegando lá em cima, finalmente entendi porque o Cristo é um dos pontos turísticos mais fantásticos do mundo. A vista ali de cima é uma coisa de louco. É difícil descrever. Como Gil escreveu, há algo de especial em subir o Corcovado e curtir a cidade em todo seu esplendor. Sem ruído de buzinas, sem correria nas ruas, sem preocupações. Por alguns instantes, o Rio é apenas a Cidade Maravilhosa, e não uma cidade violenta onde a maioria das pessoas está paranóica.
Gil ainda tinha um motivo a mais pra estar feliz: naquele dia, fazia cinco anos que ela tinha ido ao Rio pela primeira vez. Preciso dizer mais alguma coisa?
Ficamos algum tempo lá em cima, curtindo e tirando fotos. Voltamos pro hotel, jantamos pão com queijo e de lá fomos na feirinha de Copacabana, bem ali na frente. Lá comprei uma bolsa pra minha mãe, Gil olhou umas coisas, comprou uma pulseira e... o dia acabara ali. No dia seguinte, tinha mais. Muito mais.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2004
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