Aquele sábado amanheceu lindo, um solão lindo mesmo. Nós dois cheios de disposição, mas sem nada marcado praquela manhã. Pois bem, depois do café da manhã sem pressa, lá fomos os dois andar por Copabacana, olhando vitrines e indo às compras. Gil comprou bolsa, sandália, figurinha... na volta pro hotel, passamos na floricultura que tinha em frente e o dono, vendo a cara de pidona dela, acabou dando uma rosa pra ela. Não preciso dizer mais nada, né?
Almoçamos o já clássico pote de pão de queijo do Rei do Mate e de lá rumamos para a região central da cidade, para pegarmos a barca e irmos para Niterói. Nós dois queríamos andar nela, eu queria ver o clássico (?) Botafogo x Cruzeiro em Caio Martins e Gil queria ir às compras no Plaza Shopping de lá. Tudo se juntou perfeitamente.
Pois bem. Lá mesmo nas barcas avistamos algumas camisas do Botafogo e só fizemos seguir o caminho deles. Na saída, pegamos uma van pro estádio, tudo às mil maravilhas. Quando chegamos lá, o susto. O que eu já imaginava como um estádio pequeno é um estádio MUITO pequeno, acanhado, que não podia nunca abrigar jogos de um time que se diz grande. Os ingressos estavam mais baratos para aquela partida, porque o Fogão precisava vencer para fugir da zona de rebaixamento. Pelo menos isso.
Talvez pelo fato de ser em Niterói, de ser pequeno, sei lá... o clima do estádio é bem família. Muitos pais com filhos (e filhas!), avôs com netos(as), etc. No fim das contas, me sentia mesmo numa pelada de várzea, e não num jogo do campeonato brasileiro da primeira divisão. Será mesmo que jogando num estádio daqueles um time pode ser considerado grande?
O jogo em si foi fraco, e o Botafogo, com um time tosquíssimo que tinha em Caio sua maior expressão, venceu por 2x1 com uma bela ajuda da arbitragem, que anulou um gol legítimo do Cruzeiro - que jogou completamente alienado do universo - nos minutos finais. O resultado fez o alvinegro respirar no campeonato.
Pois bem, saímos do estádio e pegamos o ônibus até a área das barcas, e lá fomos no Plaza Shopping. Acabamos comprando um monte de livros, todos baratinhos, baratinhos... se precisávamos de alguma coisa pra fazer peso na mala, era aquilo! E ali começou a aventura de procurar uma camisa do centenário do Botafogo que é aberta, com botões na frente... confesso que fiquei vidrado na camisa quando vi.
Do shopping, pegamos uma van e voltamos pro Rio, onde comemos um bom rodízio de pizza lá mesmo em Copacabana, e voltamos empanturrados pro hotel. O dia seguinte seria bem cansativo...
quinta-feira, 30 de dezembro de 2004
Oi?
Olá pessoal, bom dia, boa tarde, boa noite!
Andei sumido, é verdade. Tive um bloqueio pra escrever daqueles inconcebíveis pra alguém que passou cinco anos na murrinha de uma faculdade estudando (?) Jornalismo... por isso, agora tentaremos seguir com nossa programação normal:)
Andei sumido, é verdade. Tive um bloqueio pra escrever daqueles inconcebíveis pra alguém que passou cinco anos na murrinha de uma faculdade estudando (?) Jornalismo... por isso, agora tentaremos seguir com nossa programação normal:)
quinta-feira, 16 de dezembro de 2004
Tratado de viagem - 29 de outubro - continua...
Naquela sexta-feira, eu e Gil saímos da Biblioteca Nacional e pegamos o metrô até a Tijuca, onde nossa grande e querida amiga Stella - que é uma das poucas pessoas que é amiga de nós dois - nos esperava lá na Praça Saenz Peña, reduto de garças e outros bichos afins, e de lá fomos pra casa dela, a algumas quadras dali.
Foi uma ótima tarde de papos diversos com a companhia dos figuras Atum e Muriel, os gatos de Stella. Os dois são peças raras. Atum com uma cara de desconfiado daquelas, mas sempre aquela pose de gato veterano, dono da casa, de quem manda no pedaço, só que... Muriel tem um certo ar de Lolita, pequena, novinha, branquinha, desprotegida... mas que sabe muito bem o que quer. Resumindo, de longe, dá pinta de quem deita e rola na casa é Muriel, e Atum só faz bancar o “segurança”, já que é feito de gato e sapato (é, eu sei, não resisti) pela branquela:)
Lá ainda comemos uma torta de coco maravilhosa, um convite à gula. E o papo rolando. Assuntos bons, outros nem tanto, mas tudo bem. O que importou de verdade foi a maravilhosa tarde.
Voltamos pro hotel e, como era dia 29 e já era noite, fomos comemorar nossos quatro anos e meio de namoro no Spoleto do Botafogo Praia Shopping. Tirando a aventura que foi pra chegarmos lá – pegamos um ônibus errado, descemos longe, tivemos que andar MUITO até achar algum canto decente pra atravessar a avenida movimentada – correu tudo dentro dos conformes. Ok, na fila de pedidos, uma senhora meio gagá achou que eu e Gil éramos... irmãos. Sem comentários para a insanidade. Somos tão parecidos quanto as camisas de Boca e River... nhoque comido enquanto ríamos da situação, e acabava aquela sexta-feira em terras cariocas.
No dia seguinte, compras e uma ida ao outro lado da Baía de Guanabara.
Ah, momento jabá: quem quiser ver as caras de Atum, Muriel e cia. além de outras fotos da viagem pode ir lá no fotolog e conferir.
Foi uma ótima tarde de papos diversos com a companhia dos figuras Atum e Muriel, os gatos de Stella. Os dois são peças raras. Atum com uma cara de desconfiado daquelas, mas sempre aquela pose de gato veterano, dono da casa, de quem manda no pedaço, só que... Muriel tem um certo ar de Lolita, pequena, novinha, branquinha, desprotegida... mas que sabe muito bem o que quer. Resumindo, de longe, dá pinta de quem deita e rola na casa é Muriel, e Atum só faz bancar o “segurança”, já que é feito de gato e sapato (é, eu sei, não resisti) pela branquela:)
Lá ainda comemos uma torta de coco maravilhosa, um convite à gula. E o papo rolando. Assuntos bons, outros nem tanto, mas tudo bem. O que importou de verdade foi a maravilhosa tarde.
Voltamos pro hotel e, como era dia 29 e já era noite, fomos comemorar nossos quatro anos e meio de namoro no Spoleto do Botafogo Praia Shopping. Tirando a aventura que foi pra chegarmos lá – pegamos um ônibus errado, descemos longe, tivemos que andar MUITO até achar algum canto decente pra atravessar a avenida movimentada – correu tudo dentro dos conformes. Ok, na fila de pedidos, uma senhora meio gagá achou que eu e Gil éramos... irmãos. Sem comentários para a insanidade. Somos tão parecidos quanto as camisas de Boca e River... nhoque comido enquanto ríamos da situação, e acabava aquela sexta-feira em terras cariocas.
No dia seguinte, compras e uma ida ao outro lado da Baía de Guanabara.
Ah, momento jabá: quem quiser ver as caras de Atum, Muriel e cia. além de outras fotos da viagem pode ir lá no fotolog e conferir.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2004
Tratado de viagem - sexta, 29 de outubro
Aquela sexta-feira também amanheceu ensolarada. E reservamos o dia para uma série de atividades.
Logo após tomarmos café, andamos um pouco e fomos matar saudades do Arpoador. Chegando, sentamos na pedra, ficamos admirando a paisagem e tomando Hula-Hula (é uma espécie de Tampico que tem lá no Rio, mas tem diversos sabores, meu favorito é o de uva)... até que Gil decidiu encarar um banho de mar. Mar este que estava bem agitado, tanto que um menino teve que ser retirado da água pelos salva-vidas, porque ele empacou com sua prancha de surf.
Pois bem, Gil chegou na beira da praia, entrou na água... e fez aquela careta básica de quem tava achando a água fria pra caramba. No fim das contas, ela acabou apenas se molhando um pouco. Mas ficamos com aquela sensação de que poderíamos passar o resto do dia lá no Arpoador, naquela praia pequena, mas linda. O local passa uma sensação de tranqüilidade que não existe em Copacabana ou Ipanema, por exemplo. É difícil explicar.
Voltamos do Arpoador, tomamos banho, essas coisas e fomos pro Centrão da cidade, mais precisamente para a Biblioteca Nacional, pra conferir a exposição em homenagem a Chico Buarque. Pegamos o metrô até o local e confesso ter me surpreendido com o verdadeiro sebo a céu aberto que existe nos arredores da biblioteca. Revistas Manchete ou O Cruzeiro dos anos 50, discos antigos, CDs antigos... aquele lugar merece uma peregrinação mais cuidadosa numa próxima viagem.
A exposição do Chico é pequena, mas vale demais a pena. Algumas coisas expostas ali são verdadeiras relíquias, como rabiscos de letras que surgem em momentos inoportunos, como em um restaurante, ou num avião. É interessante ver como surge a inspiração de um artista como Chico Buarque. A inspiração, como em qualquer mortal comum, pode vir a qualquer momento e necessitamos colocar esse material no papel ou em algum canto com urgência, pra não perdermos o fio da meada.
Estavam lá também alguns livros que Chico fez especialmente para suas filhas... tocante, no mínimo. A criatividade do artista em benefício da família. E pros fanáticos por futebol, havia um exemplar do Escrete, jogo de tabuleiro no estilo "manager" desenvolvido por Chico e lançado pela Grow nos anos 80.
Havia também uma seção dedicada à relação de Chico com a ditadura militar e os órgãos de censura e repressão do governo. Destaque especial para a entrevista dada por ele sob o nome de Julinho da Adelaide, e pro bilhete de Zuzu Angel alertando sobre o perigo que a vida dela corria, após a estranha morte de seu filho.
Várias cabines com som mostravam grandes momentos da carreira do mestre, como os festivais dos anos 60. É coisa pra você estacionar em frente ao telão e curtir.
No final da exposição, vários computadores com fones de ouvido ofereciam a obra completa de Chico pra quem quisesse ouvir. Dá pra passar uma tarde toda só naquela parte... mas não nos demoramos muito por lá.
Na saída da exposição, havia uma série de discos, livros e produtos relacionados a Chico à venda, mas sem facilidade alguma de pagamento, o que complicava bastante a vida de quem queria comprar. O atendimento na entrada da exposição também ficou abaixo da média... se quiséssemos, acho que conseguiríamos entrar de graça no local. Mas fomos honestos e pagamos o ingresso, de quatro reais, salvo engano.
Da Biblioteca, pegamos o metrô até a Tijuca, onde faríamos uma visita especial naquela tarde.
Logo após tomarmos café, andamos um pouco e fomos matar saudades do Arpoador. Chegando, sentamos na pedra, ficamos admirando a paisagem e tomando Hula-Hula (é uma espécie de Tampico que tem lá no Rio, mas tem diversos sabores, meu favorito é o de uva)... até que Gil decidiu encarar um banho de mar. Mar este que estava bem agitado, tanto que um menino teve que ser retirado da água pelos salva-vidas, porque ele empacou com sua prancha de surf.
Pois bem, Gil chegou na beira da praia, entrou na água... e fez aquela careta básica de quem tava achando a água fria pra caramba. No fim das contas, ela acabou apenas se molhando um pouco. Mas ficamos com aquela sensação de que poderíamos passar o resto do dia lá no Arpoador, naquela praia pequena, mas linda. O local passa uma sensação de tranqüilidade que não existe em Copacabana ou Ipanema, por exemplo. É difícil explicar.
Voltamos do Arpoador, tomamos banho, essas coisas e fomos pro Centrão da cidade, mais precisamente para a Biblioteca Nacional, pra conferir a exposição em homenagem a Chico Buarque. Pegamos o metrô até o local e confesso ter me surpreendido com o verdadeiro sebo a céu aberto que existe nos arredores da biblioteca. Revistas Manchete ou O Cruzeiro dos anos 50, discos antigos, CDs antigos... aquele lugar merece uma peregrinação mais cuidadosa numa próxima viagem.
A exposição do Chico é pequena, mas vale demais a pena. Algumas coisas expostas ali são verdadeiras relíquias, como rabiscos de letras que surgem em momentos inoportunos, como em um restaurante, ou num avião. É interessante ver como surge a inspiração de um artista como Chico Buarque. A inspiração, como em qualquer mortal comum, pode vir a qualquer momento e necessitamos colocar esse material no papel ou em algum canto com urgência, pra não perdermos o fio da meada.
Estavam lá também alguns livros que Chico fez especialmente para suas filhas... tocante, no mínimo. A criatividade do artista em benefício da família. E pros fanáticos por futebol, havia um exemplar do Escrete, jogo de tabuleiro no estilo "manager" desenvolvido por Chico e lançado pela Grow nos anos 80.
Havia também uma seção dedicada à relação de Chico com a ditadura militar e os órgãos de censura e repressão do governo. Destaque especial para a entrevista dada por ele sob o nome de Julinho da Adelaide, e pro bilhete de Zuzu Angel alertando sobre o perigo que a vida dela corria, após a estranha morte de seu filho.
Várias cabines com som mostravam grandes momentos da carreira do mestre, como os festivais dos anos 60. É coisa pra você estacionar em frente ao telão e curtir.
No final da exposição, vários computadores com fones de ouvido ofereciam a obra completa de Chico pra quem quisesse ouvir. Dá pra passar uma tarde toda só naquela parte... mas não nos demoramos muito por lá.
Na saída da exposição, havia uma série de discos, livros e produtos relacionados a Chico à venda, mas sem facilidade alguma de pagamento, o que complicava bastante a vida de quem queria comprar. O atendimento na entrada da exposição também ficou abaixo da média... se quiséssemos, acho que conseguiríamos entrar de graça no local. Mas fomos honestos e pagamos o ingresso, de quatro reais, salvo engano.
Da Biblioteca, pegamos o metrô até a Tijuca, onde faríamos uma visita especial naquela tarde.
Tratado de viagem - quinta-feira, 28 de outubro
Aquela quinta-feira amanheceu ensolarada, pra variar. Depois do nosso primeiro café da manhã em terras cariocas - bom, mas o repertório do Normandie em SP era melhor - lá fomos caminhar até o Leme, curtindo a paisagem de Copacabana, olhando as pessoas, os cachorros... tinha até cachorro segurando a própria coleira, pode?
Nessa caminhada, estávamos andando de mãos dadas e um camarada que passou pela gente soltou a gracinha... "olha, de mãozinha dada"... é certo que ele deve ter achado que eu era um turista gringo e ela uma oferecida qualquer. Gil riu, eu fiquei meio puto, mas passou logo.
Ficamos algum tempo no Leme, curtindo a vista, a paz dos pescadores, as barracas, o visual da praia... tudo lindo, tudo bem.
Voltamos pro hotel de ônibus, porque a tarde nos reservava o programa que ficou pela metade em 2001: o Cristo Redentor.
Na viagem anterior, o tempo nublado, frio e muito feio transformou nossa ida ao Cristo num martírio. Primeiro, as escadas acabaram comigo, tanto que eu acabei tendo que ser tratado à base de Gelol na volta. E a vista se resumia a... nuvens.
Agora ia ser diferente. O sol lindo no céu ia nos ajudar.
Só que tinha um detalhe: 28 de outubro é dia de São Judas Tadeu, um dos santos mais cultuados da cidade, e patrono do Flamengo. E a Igreja de São Judas Tadeu fica próxima ao Corcovado. Pois bem, por conta disso levamos duas horas pra chegar no Cosme Velho. Normalmente levaríamos meia hora, e olhe lá.
Mas tudo bem. Pagamos, embarcamos no trem do Corcovado e lá fomos morro acima. Curtindo a paisagem, imaginando como deve ser a vida das pessoas que moram naquele morro.
E chegando lá em cima, finalmente entendi porque o Cristo é um dos pontos turísticos mais fantásticos do mundo. A vista ali de cima é uma coisa de louco. É difícil descrever. Como Gil escreveu, há algo de especial em subir o Corcovado e curtir a cidade em todo seu esplendor. Sem ruído de buzinas, sem correria nas ruas, sem preocupações. Por alguns instantes, o Rio é apenas a Cidade Maravilhosa, e não uma cidade violenta onde a maioria das pessoas está paranóica.
Gil ainda tinha um motivo a mais pra estar feliz: naquele dia, fazia cinco anos que ela tinha ido ao Rio pela primeira vez. Preciso dizer mais alguma coisa?
Ficamos algum tempo lá em cima, curtindo e tirando fotos. Voltamos pro hotel, jantamos pão com queijo e de lá fomos na feirinha de Copacabana, bem ali na frente. Lá comprei uma bolsa pra minha mãe, Gil olhou umas coisas, comprou uma pulseira e... o dia acabara ali. No dia seguinte, tinha mais. Muito mais.
Nessa caminhada, estávamos andando de mãos dadas e um camarada que passou pela gente soltou a gracinha... "olha, de mãozinha dada"... é certo que ele deve ter achado que eu era um turista gringo e ela uma oferecida qualquer. Gil riu, eu fiquei meio puto, mas passou logo.
Ficamos algum tempo no Leme, curtindo a vista, a paz dos pescadores, as barracas, o visual da praia... tudo lindo, tudo bem.
Voltamos pro hotel de ônibus, porque a tarde nos reservava o programa que ficou pela metade em 2001: o Cristo Redentor.
Na viagem anterior, o tempo nublado, frio e muito feio transformou nossa ida ao Cristo num martírio. Primeiro, as escadas acabaram comigo, tanto que eu acabei tendo que ser tratado à base de Gelol na volta. E a vista se resumia a... nuvens.
Agora ia ser diferente. O sol lindo no céu ia nos ajudar.
Só que tinha um detalhe: 28 de outubro é dia de São Judas Tadeu, um dos santos mais cultuados da cidade, e patrono do Flamengo. E a Igreja de São Judas Tadeu fica próxima ao Corcovado. Pois bem, por conta disso levamos duas horas pra chegar no Cosme Velho. Normalmente levaríamos meia hora, e olhe lá.
Mas tudo bem. Pagamos, embarcamos no trem do Corcovado e lá fomos morro acima. Curtindo a paisagem, imaginando como deve ser a vida das pessoas que moram naquele morro.
E chegando lá em cima, finalmente entendi porque o Cristo é um dos pontos turísticos mais fantásticos do mundo. A vista ali de cima é uma coisa de louco. É difícil descrever. Como Gil escreveu, há algo de especial em subir o Corcovado e curtir a cidade em todo seu esplendor. Sem ruído de buzinas, sem correria nas ruas, sem preocupações. Por alguns instantes, o Rio é apenas a Cidade Maravilhosa, e não uma cidade violenta onde a maioria das pessoas está paranóica.
Gil ainda tinha um motivo a mais pra estar feliz: naquele dia, fazia cinco anos que ela tinha ido ao Rio pela primeira vez. Preciso dizer mais alguma coisa?
Ficamos algum tempo lá em cima, curtindo e tirando fotos. Voltamos pro hotel, jantamos pão com queijo e de lá fomos na feirinha de Copacabana, bem ali na frente. Lá comprei uma bolsa pra minha mãe, Gil olhou umas coisas, comprou uma pulseira e... o dia acabara ali. No dia seguinte, tinha mais. Muito mais.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2004
Ah, tava esquecendo...
O dia de Fla x Santos foi o mesmo da morte do Serginho, do São Caetano. O clima do jogo já era péssimo devido a péssima qualidade técnica da pelada, e depois do minuto de silêncio, pfff... morgou geral.
Ainda o dia 27...
Uma situação inusitada aconteceu naquele primeiro dia nosso no Rio. Passamos num cybercafé pra dar um alô virtual pro mundo, e na saída do local, a Cecília nos reconhece, mesmo sem nunca ter nos visto pessoalmente. Não deu pra conversarmos muito ali, porque ela estava indo para uma entrevista de emprego, mas foi engraçado. E me fez comprovar de novo de que uma amizade nascida na Internet é como qualquer outra. O contato in loco fortalece demais.
Tratado de viagem - 27 de outubro - Maracanã
Logo naquela noite, ia acontecer Flamengo x Santos no Maracanã. E lá fomos nós. Combinei com amigos de ir de metrô mesmo, que de longe é a melhor alternativa pra se ir ao estádio partindo da zona sul. Só que o tempo deu uma bela esfriada, e Gil estava cansada.
Chegamos no estádio, um breu. Pouca gente. Menos de dez mil pessoas. E imaginar que em 83 mais de 150 mil pessoas estavam ali pra ver os dois times decidindo o Brasileiro. Novos tempos, menos gente, jogo chato. Foi 1x1. O Flamengo jogou melhor. Merecia vencer. E o jogo tinha momentos tão chatos que Gil tirou altos cochilos no meu ombro... tudo bem, ela podia.
A volta, também de metrô, foi tranqüila, apesar de passar da meia-noite. Uma coisa que achei bacana é que o metrô carioca funciona até todo mundo sair do estádio... legal, muito legal mesmo.
Nossa estadia no Rio estava apenas começando. Mais viria por aí, muito mais.
Chegamos no estádio, um breu. Pouca gente. Menos de dez mil pessoas. E imaginar que em 83 mais de 150 mil pessoas estavam ali pra ver os dois times decidindo o Brasileiro. Novos tempos, menos gente, jogo chato. Foi 1x1. O Flamengo jogou melhor. Merecia vencer. E o jogo tinha momentos tão chatos que Gil tirou altos cochilos no meu ombro... tudo bem, ela podia.
A volta, também de metrô, foi tranqüila, apesar de passar da meia-noite. Uma coisa que achei bacana é que o metrô carioca funciona até todo mundo sair do estádio... legal, muito legal mesmo.
Nossa estadia no Rio estava apenas começando. Mais viria por aí, muito mais.
diário de viagem - 27 de outubro
O dia, pra variar, amanheceu nublado em São Paulo. Ou melhor, sob um nevoeiro daqueles de assustar quem vai viajar de avião. Tomamos nosso último café da manhã insano no Normandie (ah, que saudades daqueles pães de queijo e dos croissants recheados), terminamos de arrumar nossas coisas e lá fomos, com medo do trânsito, pro aeroporto de Congonhas bem mais cedo do que o normal. A essas alturas o tempo tinha melhorado, o sol aparecia timidamente lá na terra da garoa. Mas a surpresa boa veio já no aeroporto. Entramos na fila do check-in, e descobrimos que havia lugar em um vôo da Vasp anterior ao que originalmente pegaríamos. Perfeito. Embarcamos neste vôo - que estava bem atrasado - e lá fomos nós rumo ao Rio de Janeiro.
Chegamos no Rio por volta de 11:40 da manhã, e o clima já sinalizava que São Paulo era coisa do passado: a Cidade Maravilhosa nos recepcionava com aquele sol clássico de rachar. Gil abria aquele sorriso de quem estava se sentindo em casa novamente. Eu queria mesmo aproveitar tudo aquilo ao lado dela.
Já no Santos Dumont, um pequeno aperreio. Primeiro, fui conferir meu saldo bancário, que estava tendendo a zero. Sim, eu estava praticamente falido àquela altura. Aí a alça da minha mala resolveu dar defeito. No meio do saguão do aeroporto, eu tive um acesso de raiva contra a maldita mala, e Gil teve mesmo que se controlar pra não cair na gargalhada.
Pegamos o ônibus pra Copacabana, e nele tivemos o primeiro sinal de que realmente estávamos em meio a fauna carioca. Uma garota sentada próximo a nós atende o telefone e solta um "E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaíiiiiiiiiiiiiiiiii" típico de apresentadora de programa de esportes radicais. Quem se segurou pra não rir ali fui eu!
Chegamos no hotel, aí lá vem, de novo, a mesma resenha. Reservamos um quarto de casal e queriam nos dar um de solteiro. Gil bancou a atriz, inventou uma história envolvendo problemas de coluna e no fim da tarde lá estávamos num quarto de casal, como havíamos reservado e pago previamente.
Enquanto resolviam nossas pendengas hoteleiras, lá fomos comer no Bob´s da Av. Atlântica, ali ao lado. Aumentaram o preço e o tamanho do Franfilé, que talvez em nossa homenagem estava dos melhores que eu comi na vida. Capricharam mesmo.
Dali, fomos pra Urca curtir os prédios baixinhos, a vista pra Guanabara, o Pão de Açúcar ali pertinho, a Praia Vermelha, a Pista Cláudio Coutinho, o clima de tranqüilidade dos pescadores. A Urca parece uma cidade pequena dentro do Rio. Isolada, segura, perfeita. É um canto pra ficar sem sentir o tempo passar. Sem obrigações com nada.
Da Urca, fomos comprar umas coisas e combinar a ida ao Maracanã com meu amigo Aruan. Flamengo e Santos nos esperavam no horário da sessão coruja.
Continua...
Chegamos no Rio por volta de 11:40 da manhã, e o clima já sinalizava que São Paulo era coisa do passado: a Cidade Maravilhosa nos recepcionava com aquele sol clássico de rachar. Gil abria aquele sorriso de quem estava se sentindo em casa novamente. Eu queria mesmo aproveitar tudo aquilo ao lado dela.
Já no Santos Dumont, um pequeno aperreio. Primeiro, fui conferir meu saldo bancário, que estava tendendo a zero. Sim, eu estava praticamente falido àquela altura. Aí a alça da minha mala resolveu dar defeito. No meio do saguão do aeroporto, eu tive um acesso de raiva contra a maldita mala, e Gil teve mesmo que se controlar pra não cair na gargalhada.
Pegamos o ônibus pra Copacabana, e nele tivemos o primeiro sinal de que realmente estávamos em meio a fauna carioca. Uma garota sentada próximo a nós atende o telefone e solta um "E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaíiiiiiiiiiiiiiiiii" típico de apresentadora de programa de esportes radicais. Quem se segurou pra não rir ali fui eu!
Chegamos no hotel, aí lá vem, de novo, a mesma resenha. Reservamos um quarto de casal e queriam nos dar um de solteiro. Gil bancou a atriz, inventou uma história envolvendo problemas de coluna e no fim da tarde lá estávamos num quarto de casal, como havíamos reservado e pago previamente.
Enquanto resolviam nossas pendengas hoteleiras, lá fomos comer no Bob´s da Av. Atlântica, ali ao lado. Aumentaram o preço e o tamanho do Franfilé, que talvez em nossa homenagem estava dos melhores que eu comi na vida. Capricharam mesmo.
Dali, fomos pra Urca curtir os prédios baixinhos, a vista pra Guanabara, o Pão de Açúcar ali pertinho, a Praia Vermelha, a Pista Cláudio Coutinho, o clima de tranqüilidade dos pescadores. A Urca parece uma cidade pequena dentro do Rio. Isolada, segura, perfeita. É um canto pra ficar sem sentir o tempo passar. Sem obrigações com nada.
Da Urca, fomos comprar umas coisas e combinar a ida ao Maracanã com meu amigo Aruan. Flamengo e Santos nos esperavam no horário da sessão coruja.
Continua...
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