terça-feira, 14 de agosto de 2007

De volta

Minha cirurgia de redução de estômago - ou gastroplastia, se preferir - rolou dentro dos conformes, no último dia 06. Hoje, oito dias depois, posso dizer que minha recuperação está muito melhor do que imaginava. Eu pensava que passaria dias e dias mal saindo da cama, sem conseguir fazer muita coisa, mas pelo contrário, consigo ficar no computador, passear, andar... só não vou me arriscar ainda a dirigir ou a fazer grandes esforços, em especial aqueles que envolvam o ato de me abaixar.

Não me pesei no hospital antes da cirurgia, então considero que operei com o peso citado na requisição que o ciriurgião fez ao hospital: 148,5 kg. Tenho uma meta, que segundo o médico e a nutricionista, é realista, de sair da casa dos três dígitos, ou seja, perder cerca de 1/3 do meu atual peso e chegar na casa dos 100. Se perder mais que isso, ótimo, mas não quero ficar paranóico.

O começo do processo pós-operatório consiste basicamente em dieta líquida e troca do curativo duas vezes ao dia. A dieta é composta por leite, sucos, caldos coados e água, muita água, tudo orientado por uma nutricionista, que foi bem generosa em algumas coisas (não imaginava que caldo de feijão e requeijão light fizessem uma boa dupla, ou que poderia tomar gelatina!). Eu posso tomar até 200 ml de líquido por hora, mas estou ficando entupido com 100, às vezes 150. E graças aos céus não tenho apresentado engasgos, muito menos vontade de vomitar. Tá tudo descendo numa boa, e não tenho sentido fome alguma.

Depois de um tempo, a dieta líquida evolui para uma dieta pastosa (sopas batidas, mingaus etc.), e, mais tarde, para uma dieta convencional, onde posso comer quase tudo, em quantidades pequenas que vão crescendo com o tempo. Considerando meu irmão, que tem um ano e meio de operado, daqui a algum tempo conseguirei comer o que quiser, só que em pequena quantidade, e claro que terei que mudar alguns hábitos, como por exemplo cortar ou diminuir bem o uso de manteiga/margarina, fora fugir de certos fast-foods: meu bolso vai agradecer. Nunca mais vou num self-service de comida chinesa e gastar 27 reais, hehehehe...

Além disso, atividade física. Nunca fui nenhum alucinado por fitness, academias e afins, mas quando criança gostava muito de andar de bicicleta. Na falta atual da magrela, lá vou eu pra tradicional caminhada mesmo. Se tiver condição, também faço alguma coisa de musculação com o decorrer do tempo. Tudo pra reduzir a flacidez que sempre surge em pessoas gastroplastadas. Afinal, a pele é elástica pra quem engorda, mas não puxa se você emagrece.

Outra coisa que terei que fazer pra todo sempre: tomar algum complexo vitamínico. Nesta primeira fase, estou tomando um chamado Cluvisol, que é mais indicado pra crianças, mas é líquido e tem um gosto doce pra caramba, desce meio estranho goela abaixo. Depois disso, devo mudar pro Centrum, que é em comprimidos. Outra medicação eterna será o pantoprazol, que serve pra evitar azia e afins no estômago - coisa que nunca tive, mas que agora que o treco tá pequeno que não quero ter, né?

Acho que é isso... aos poucos vou contando as desventuras de todo esse processo.

Um comentário:

Viva Elvis Brasil disse...

Gastroplastadas... eis uma palavra que nunca tinha ouvido. Mas fico feliz que esteja tudo correndo nao so dentro do normal, como alemd o eseprado. to doida pra rever vc:P bjs