Aquela hora esperada por todos está de volta: o Momento Google! Vejamos as aberrações e estranhezas dos últimos dias:
29 Mar, Thu, 20:40:37 Google Images: rap
-- hum, eu escrevi sobre rap, mas sem fotos.
29 Mar, Thu, 20:59:35 Google Images: de silvestre stallone y leonardo dicaprio
-- é Sylvester, e não "Silvestre"...
29 Mar, Thu, 21:11:40 Google: 3D
-- certo, e...?
29 Mar, Thu, 21:12:20 Google: foto da ministra Marta com as pernas de fora
-- pronto, temos um tarado pela ministra por aqui.
29 Mar, Thu, 22:53:28 Google: tirinhas comicas
-- não tem nada por aqui a respeito.
29 Mar, Thu, 22:58:33 Google: Racionais blogspot cd completo
-- Nunca botei um link de download aqui. Não sou maluco.
29 Mar, Thu, 23:24:30 Google: hoquei na grama objetos usados para jogar
-- bolinha e taco, e só. Não lembro se o goleiro usa algum tipo de proteção. E no caso do hóquei na grama feminino, elas jogam de saia. O time argentino, em especial, é um colírio pros olhos.
29 Mar, Thu, 23:51:19 Google Images: O Júri filme
-- Hum, ótimo filme.
29 Mar, Thu, 23:54:30 Google: nova operadora na baixada santista
-- não sei de nada.
30 Mar, Fri, 00:56:55 Google: fotos de sexo com quide bengala
-- como é?
30 Mar, Fri, 01:51:39 Google: sarah kane torrent
-- quem é Sara Kane?
30 Mar, Fri, 02:11:01 Google: como tirar virus sobig
- não sei.
30 Mar, Fri, 03:48:54 Google: jaleco Jennifer Morrison
-- Olha o fetiche aí...
30 Mar, Fri, 05:46:25 Google: doenças citadas house
-- Leia o texto sobre House que tem uma excelente indicação de site lá.
30 Mar, Fri, 06:57:58 Google: biografia frank Ljungberg
-- Deve ter na Wikipedia.
30 Mar, Fri, 09:12:22 Google: 3A
-- hã?
30 Mar, Fri, 09:14:12 Google Images: rap
-- de novo?
30 Mar, Fri, 09:38:30 Google: jogador que fraturou osso jogando
-- a lista é grande.
30 Mar, Fri, 10:07:29 Google: baixar "I'll Make Love To You"
-- certo, e quem canta?
30 Mar, Fri, 10:10:55 Google: quero garantir meu ingreso para o show de rock em maio de 2007 em go
-- se alguém me explicar essa, ganha um 7 Belo.
quinta-feira, 29 de março de 2007
Fórmula 1
O vídeo abaixo mostra, dentre outras coisas, a penúltima volta do GP do Brasil de 1991. Atentem para o fato de Ayrton Senna não tirar as mãos do volante. A McLaren daquele ano ainda não tinha câmbio semi-automático. Ou seja, é o fim dos detratores que falam que Senna não terminou aquela corrida apenas com a sexta marcha.
Altamente recomendado.
Altamente recomendado.
quarta-feira, 28 de março de 2007
Nova Varig? Que nada, é mais um Gol...
28/03/2007 - 17h35
Gol compra controle da nova Varig por US$ 275 milhões
PATRICIA ZIMMERMANN
CLARICE SPITZ
da Folha Online, em Brasília e no Rio
A Gol Linhas Aéreas, segunda maior companhia aérea brasileira, anunciou a compra do controle da Varig, empresa mais tradicional do setor aéreo, por US$ 275 milhões. Trata-se do maior negócio da aviação civil brasileira. A operação está sujeita à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A chilena LAN, que já havia aportado US$ 17,1 milhões na nova Varig, também estava na disputa, mas, se fosse a compradora, esbarraria na limitação de 20% de participação de empresas estrangeiras em companhias de aviação.
Segundo a Gol, o pagamento será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia. O valor chegará a US$ 320 milhões com o compromisso da Gol de honrar R$ 100 milhões de debêntures (títulos de empresas) já emitidos pela VRG (nova Varig).
A compra da nova Varig (que continuará a atuar como marca independente) foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, uma subsidiária da Gol, o que evita riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias.
Desde que arrematou a Varig em leilão, em julho do ano passado, a VarigLog sinaliza o objetivo de vender a companhia, tanto que demitiu funcionários e passou a operar com 17 aeronaves --só em dezembro a Nova Varig conseguiu autorização de vôo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A Gol pretende introduzir na Varig sua experiência de baixo custo e eficiência operacional, o que poderá inclusive reduzir tarifas aos consumidores, segundo o presidente da Gol, Constantino Júnior.
Constantino Júnior se reuniu hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Também participaram do encontro a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o ministro Luiz Marinho (Trabalho), a ministra Marta Suplicy (Turismo), o presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.
"A previsão da Gol para a Varig é de manter essa empresa como uma empresa independente, reforçando as suas vocações, agregando à Varig a eficiência operacional e administrativa já comprovada pela Gol, permitindo com que essa empresa, a Varig, atinja custos menores, e isso permita a essa empresa também repassá-los aos seus passageiros, incentivando e estimulando assim a demanda por passagens aéreas no Brasil e em vôos internacionais", disse ele.
Segundo Constantino Júnior, as linhas internacionais da Varig serão mantidas, mas o número de destinos serão ampliados, mantendo a empresa com uma operação independente da Gol. "Cada uma com a sua vocação irá tentar atrair os seus clientes através da sua vocação", disse.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais em fevereiro, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
Nova e velha Varig
A chamada Nova Varig é a fatia da empresa que foi arrematada em leilão em julho passado e que ficou com as marcas Varig e Rio Sul, além das operações das empresas. Ela tem hoje 17 aviões e voa para 18 destinos domésticos e internacionais.
Já a velha Varig herdou as dívidas estimadas em R$ 7,9 bilhões, cuja previsão de pagamento dos credores é de 20 anos. A empresa ficou com a marca Nordeste, com o direito de operar vôos entre São Paulo e Porto Seguro, mas ainda não tem nenhum avião. Ela é a única que permanece em recuperação judicial.
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Mais tempero no caos aéreo? Ou sinal de que as coisas podem melhorar?
Gol compra controle da nova Varig por US$ 275 milhões
PATRICIA ZIMMERMANN
CLARICE SPITZ
da Folha Online, em Brasília e no Rio
A Gol Linhas Aéreas, segunda maior companhia aérea brasileira, anunciou a compra do controle da Varig, empresa mais tradicional do setor aéreo, por US$ 275 milhões. Trata-se do maior negócio da aviação civil brasileira. A operação está sujeita à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A chilena LAN, que já havia aportado US$ 17,1 milhões na nova Varig, também estava na disputa, mas, se fosse a compradora, esbarraria na limitação de 20% de participação de empresas estrangeiras em companhias de aviação.
Segundo a Gol, o pagamento será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia. O valor chegará a US$ 320 milhões com o compromisso da Gol de honrar R$ 100 milhões de debêntures (títulos de empresas) já emitidos pela VRG (nova Varig).
A compra da nova Varig (que continuará a atuar como marca independente) foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, uma subsidiária da Gol, o que evita riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias.
Desde que arrematou a Varig em leilão, em julho do ano passado, a VarigLog sinaliza o objetivo de vender a companhia, tanto que demitiu funcionários e passou a operar com 17 aeronaves --só em dezembro a Nova Varig conseguiu autorização de vôo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A Gol pretende introduzir na Varig sua experiência de baixo custo e eficiência operacional, o que poderá inclusive reduzir tarifas aos consumidores, segundo o presidente da Gol, Constantino Júnior.
Constantino Júnior se reuniu hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Também participaram do encontro a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o ministro Luiz Marinho (Trabalho), a ministra Marta Suplicy (Turismo), o presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.
"A previsão da Gol para a Varig é de manter essa empresa como uma empresa independente, reforçando as suas vocações, agregando à Varig a eficiência operacional e administrativa já comprovada pela Gol, permitindo com que essa empresa, a Varig, atinja custos menores, e isso permita a essa empresa também repassá-los aos seus passageiros, incentivando e estimulando assim a demanda por passagens aéreas no Brasil e em vôos internacionais", disse ele.
Segundo Constantino Júnior, as linhas internacionais da Varig serão mantidas, mas o número de destinos serão ampliados, mantendo a empresa com uma operação independente da Gol. "Cada uma com a sua vocação irá tentar atrair os seus clientes através da sua vocação", disse.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais em fevereiro, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
Nova e velha Varig
A chamada Nova Varig é a fatia da empresa que foi arrematada em leilão em julho passado e que ficou com as marcas Varig e Rio Sul, além das operações das empresas. Ela tem hoje 17 aviões e voa para 18 destinos domésticos e internacionais.
Já a velha Varig herdou as dívidas estimadas em R$ 7,9 bilhões, cuja previsão de pagamento dos credores é de 20 anos. A empresa ficou com a marca Nordeste, com o direito de operar vôos entre São Paulo e Porto Seguro, mas ainda não tem nenhum avião. Ela é a única que permanece em recuperação judicial.
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Mais tempero no caos aéreo? Ou sinal de que as coisas podem melhorar?
terça-feira, 27 de março de 2007
Cachorro salva o dia
Terça, 27 de março de 2007, 15h23 Atualizada às 16h38
Cão salva mulher engasgada com maçã nos EUA
Uma americana afirma que seu cão golden retriever de 2 anos salvou sua vida ao aplicar uma versão canina da manobra de Heimlich, operação para desobstruir vias aéreas superiores. Normalmente uma pessoa usa as mãos para fazer pressão sobre final do diafragma, posicionado nas costas da pessoa engasgada.
"O médico disse que provavelmente eu não estaria aqui se não fosse Tobby", afirmou Debbie Parkhurst, 45 anos, que mora no condado de Calvert com seu marido e dois cães. Ela disse que estava sozinha em casa na tarde de sexta-feira quando decidiu comer uma maçã.
Um pedaço da fruta ficou preso na sua traquéia."Estava muito apertado, pois eu não conseguia respirar. Eu tentei inclinar-me sobre uma cadeira para fazer a manobra de Heimlich em mim mesma, mas não funcionou", contou.
Ela então começou a bater contra seu peito, em um movimento que deve ter chamado a atenção de Toby. "Toby ficou de pé em suas patas traseiras e colocou as patas dianteiras em meus ombros. Ele me empurrou para o chão e começou a pular sobre meu peito", disse. O cão conseguiu retirar o pedaço de maçã da traquéia da mulher.
Quando Debbie Parkhurst voltou a respirar, o cachorro começou a lamber seu rosto, "como se quisesse mantê-la acordada", afirma a mulher.
Redação Terra
Um sonho antigo pode ser realizado
Não quero dar muitos detalhes pra evitar secações alheias, mas há chances de, graças a um grande amigo, de que eu realize um sonho profissional de vinte anos. Torçam por mim:)
Um novo rumo
Hoje fui à primeira consulta com o Dr. Pedro Arruda, o mesmo cirurgião que fez a gastroplastia (cirurgia de obesidade) no meu irmão. Agora é a minha vez.
Eu tenho consciência de que a cirurgia em si não faz milagres, mas ela pode me ajudar a dar uma reviravolta na vida. Melhorar a auto-estima, essa coisa toda. E eu tenho um "modelo vivo" pra me espelhar, que é meu irmão.
Agora é fazer todo o pré-operatório, que é longo, e ir pro pau.
Eu tenho consciência de que a cirurgia em si não faz milagres, mas ela pode me ajudar a dar uma reviravolta na vida. Melhorar a auto-estima, essa coisa toda. E eu tenho um "modelo vivo" pra me espelhar, que é meu irmão.
Agora é fazer todo o pré-operatório, que é longo, e ir pro pau.
sexta-feira, 23 de março de 2007
Santos classificado na Libertadores!
Ontem o Santos venceu o Gimnasia y Esgrima, em La Plata (Argentina) por 2x1, e garantiu vaga na próxima fase da Copa Libertadores da América. O Peixe está com 100% de aproveitamento na competição, tendo vencido os seis jogos que fez até agora - dois pela primeira fase, contra o Blooming (Bolívia) e quatro na fase de grupos.
Pois bem. Ontem o Santos perdeu uma enorme chance de executar um massacre histórico em cima dos argentinos, que têm um time bem fraquinho. Em vez disso, o Santos cansou de perder gols, e em muitos momentos parecia jogar com uma certa autosuficiência, aquela do tipo “quando quisermos, liquidaremos a partida”. Só que quase o tiro saía pela culatra. Depois de fazer 1x0 logo no começo da partida e perder um pênalti no final do primeiro tempo, o Peixe deixou o Gimnasia “gostar do jogo”. Tanto fizeram que os argentinos empataram. Aí, num lance de gênio de Pedrinho e Zé Roberto, no fim da partida, o Peixe fez 2x1 e deu números finais.
Nos próximos jogos, o Santos pega o Defensor Sporting, do Uruguai, em Montevidéu, e o Deportivo Pasto, da Colômbia, na Vila Belmiro.
quinta-feira, 22 de março de 2007
Maria Antonieta
Demorou, mas chegou. Depois de meses de espera e um quase lançamento direto em DVD, finalmente Maria Antonieta, último filme de Sofia Coppola, desembarcou nas salas de cinema brasileiras. E apesar da restrita distribuição, deu pra conferir.
Primeiro, um fato: eu gosto muito da Sofia Coppola. Tanto As Virgens Suicidas (1999) como Encontros e Desencontros (2003) estão entre os prediletos da casa. Dito isto, vamos pra Maria Antonieta.
Terceiro filme, terceiro universo completamente diferente. Nada de subúrbios americanos dos anos 70, nem de metrópoles estranhas. Desta vez, o cenário é a França
do século XVIII, a era de Maria Antonieta, a rainha imortalizada nos livros como frívola, fútil, desinteressada dos assuntos da monarquia e, posteriormente guilhotinada. E esta biografia tem a dose de polêmica necessária, com sua pompa, circunstância e tudo mais que um grande filme de época tem direito. E Sofia conseguiu um bônus especial: o direito de filmar nas dependências de Versailles. Mais realista,
impossível.
Só que a filha de Francis Ford não quis enfocar esses aspectos históricos. Ela resolveu, em vez de previlegiar os aspectos políticos da história, colocar um lado mais humano na coisa. Ou seja, a diretora fez questão de humanizar a rainha, ou mostrar que nem tudo foi o que parecia ser. Depedendo do seu ponto de vista, você pode até achar que a diretora quis tornar Maria Antonieta uma figura simpática e injustiçada.
O filme começa com Maria (muito bem interpretada por Kirsten Dunst, em sua segunda parceria com Sofia Coppola) aos 14 anos, forçada a deixar sua Áustria natal
para casar-se, devido a um acordo político, com o delfim da França, Louis (Jason Schwartzman, de filmes como Rushmore); este não se mostra muito interessado em casamento, mas os costumes da época o obrigavam a fazê-lo. A delfina austríaca é recebida com frieza pela corte de Versailles, e aos poucos sua relação com Louis começa a gerar fofocas, intrigas e afins da nobreza, já que o tempo passa e nada deles gerarem um herdeiro para o trono. A mesma corte que reclamava de Maria fazia vista grossa pra cortesã amante do rei. Em resumo, mesmo num palácio com quase 4 mil moradores, Maria sentia-se extremamente solitária e sufocada, e o filme deixa isso bem claro. Aos poucos, e em especial depois se tornar-se rainha de fato, quando ela começa a impor seu estilo menos formal e mais divertido e hedonista no palácio. Festas sem fim, noites em claro, tudo que hoje parece normal para uma adolescente, até a arte de "ficar", à moda da corte de Versailles, claro. Só que na época simplesmente não havia o conceito que temos hoje de juventude, adolescência e sexo nesta idade. Um anacronismo bem proposital, mas não foi o único que vimos no filme.
O filme salta no tempo, mostra episódios e situações significantes no histórico de Antonieta, e vai caminhando até seu final, que se não é sensacionalista, trágico ou gráfico, é dramático na medida certa, e mostra o carisma e a força da rainha, e mostra uma surpreendente faceta do rei.
O elenco de apoio mostra competência. Rose Byrne, Asia Argento, Rip Torn, Steve Coogan e até Marianne Faithful estão discretos na medida certa. A estrela mesmo é Kirsten Dunst, que acerta tanto na jovem delfina como na rainha mais velha.
Direção de arte e figurino merecem destaque, a primeira pelo fato de terem aproveitado ao máximo as instalações de Versailles, e o segundo por abusar de todo o luxo que Maria Antonieta impôs na corte. Muitos dizem que todos os conceitos que existem hoje de moda, alta costura e afins nasceram daquela época. E numa brincadeira anacrônica e deliciosa, em certa cena aparece um objeto que seria bem "fashion" dois séculos depois.
E a trilha sonora... bem, neste campo, Sofia Coppola já se mostra como uma espécie de Cameron Crowe de saias. Sofia, que já tinha acertado nas trilhas de seus filmes anteriores, desta vez faz um golaço e desde já deixa a seleção sonora do filme como uma das mais bacanas de todos os tempos. Em vez da tradicional trilha erudita que costuma acompanhar esse tipo de filme, ela pegou uma mistura de obras clássicas do século XVIII, temas instrumentais moderninhos e música pop-rock/new romantic do começo dos anos 80. A razão: elas celebravam, dentre outras coisas, o mesmo hedonismo que Maria Antonieta e seu séquito sempre buscaram. Então temos Gang of Four na abertura (que, usando muito cor-de-rosa, já entrega o tom visual do filme), Siouxsie & The Banshees num baile de máscaras, New Order acompanhando uma longa cena de jogatina... só vendo pra crer. E, ao final, um The Cure da fase mais deprê pra casar perfeitamente com a melancolia da despedida.
Gostei muito do filme. Muitos criticaram o fato dele ser "estiloso demais"; mas foi mesmo a intenção da diretora. Conteúdo discreto dentro de uma estética explícita. Tomara que com o tempo quem não compreendeu passe a aceitar melhor a escolha de Sofia.
terça-feira, 20 de março de 2007
segunda-feira, 19 de março de 2007
House, M.D.
(O texto pode conter alguns pequenos spoilers pra quem nunca viu a série)
House é a melhor série em exibição na TV mundial, hoje. É fato incontestável. Está melhor que 24 Horas, que Lost, que todo o resto. Pena que por aqui a série ainda seja pouco conhecida, por causa da exibição somente num canal a cabo (Universal Channel) e pelo horário em que é exibida (quintas, 23h); mas quem procura uma série diferente das demais ficará deleitado ao assistir House.
"Afinal, do que diabos trata a série?", algum novato pode perguntar. Pois bem, não sou muito bom em sinopses, mas posso tentar.
Gregory House (interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie, que consegue reproduzir um sotaque americano perfeito) é um médico ao mesmo tempo genial e genioso. Contratado pelo hospital de uma universidade para gerenciar o departamento de diagnósticos, ele tem fama de anti-social, de não gostar de enrolação de pacientes, casca-grossa, estúpido... mas ao mesmo tempo, de gênio, e de viciado em Vicodin (ou hidrocodona, como ensina a tradução do Universal Channel), além de manco - ele usa bengala e manca por causa de um "infarto muscular" na perna direita.
Se apareceu algum caso bizarro na emergência do hospital, lá vai House tentar decifrar o enigma, como uma espécie de Sherlock Holmes médico - mas sem jaleco, já que ele recusa-se a usar a vestimenta típica. Por que a comparação com Holmes? Porque House consegue, às vezes a partir de um detalhe que parece insignificante pros outros, descobrir os enigmas que podem curar as doenças de seus pacientes.
Seu melhor amigo, se é que podemos dizer assim, é o oncologista (especialista em câncer) James Wilson (Robert Sean Leonard, que alguns podem lembrar do filme Sociedade dos Poetas Mortos). Ele por muitas vezes acaba sendo o Grilo Falante, ou a consciência perdida do Dr. House. E muitos associam Wilson a Watson, o assistente de Sherlock Holmes. A amizade dos dois tem idas e vindas ao longo das (até agora) duas temporadas e meia de série, mas cada vez mais percebe-se que um não vive sem o outro pentelhando. Para o bem e para o mal.
Acima dos dois, está a Dra. Lisa Cuddy (Lisa Edelstein, de filmes como Tenha Fé e séries como Ally McBeal), médica-chefe do hospital. Ela é a encarregada de suportar a ironia, o sarcasmo e as maluquices de House quando este inventa de fazer exames fora do comum, como uma autópsia numa pessoa viva (!). Ao mesmo tempo, House parece nutrir certa paixão pela chefe...
Formando a equipe do Dr. House, temos três jovens médicos: o neurologista Eric Foreman (Omar Epps), competente e ambicioso, e muitas vezez ele é a "vítima" preferida dos ataques sarcásticos do chefe. Muito por isso, acaba tendo uma relação de extrema admiração e ódio com House. O chefe vez por outra conta com suas habilidades "da rua" pra ajudar a solucionar casos: Foreman teve algumas passagens pela polícia quando mais jovem.
Já a imunologista Allison Cameron (Jennifer Morrison) é, além de muito bonita - House chega a dizer em determinado episódio que a contratou mais pela beleza que pelo currículo - uma médica que, ao contrário do chefe, preocupa-se, às vezes até em excesso, com o lado "humano" dos pacientes. Muitas vezes ela é emocional além da conta. E tem uma relação estranha com pessoas doentes e sofredoras, tanto que foi casada com um homem que ela já sabia estar doente, e que morreu de câncer seis meses depois do casório. Vez por outra, ela bota na cabeça que é apaixonada pelo chefe.
Completando a equipe, o Dr. Robert Chase (Jesse Spencer), um australiano especializado em UTIs e afins. Mais jovem da equipe, é de longe o que tem uma relação mais de "devoto" com House. Raramente discorda do chefe, chegando ás vezes ao ponto de parecer um puxa-saco. Chase tem uma relação pouco amistosa com o pai, também médico, perdeu a mãe há alguns anos e em um episódio revela que antes de ser médico, foi seminarista.
Ao longo das temporadas, alguns personagens surgem, mas não tornam-se fixos em definitivo, como Vogler, o empresário que quer tomar conta do hospital e demitir House; Stacy, a bela ex-mulher de Gregory, com quem ainda tem uma relação de amor e ódio; Tritter, o policial que coloca House e toda sua equipe em encrencas na terceira temporada por causa de um... hummm... dispositivo anal.
Ele não é exatamente o que poderíamos chamar de personagem, mas tem papel fundamental na série: o Vicodin. Remédio potente pra dor, baseado no princípio ativo hidrocodona, House toma várias doses diárias disso todos os dias, por causa das dores causadas pelo seu problema na perna. O problema é o vício tornou-se tão grande que ele chega a comprometer a própria carreira, além da dos amigos, por causa dele.
E os pacientes. Ah, os pacientes. Além dos casos bizarros, House atende alguns pacientes “convencionais” devido a suas obrigações de bancar o clínico geral. Alguns são hilários, como a mulher que diz que morre de cansaço e está cheia de marcas de chupões pelo corpo, mas que jura que não faz sexo há mais de um ano, ou um adolescente que, sabe-se lá como, enfia um MP3 player na cavidade anal, ou ainda uma moça que descobre estar grávida e arma, com o médico, um jeito de fazer um exame de DNA pra saber se o namorado é o pai da criança. House deve preferir assistir a General Hospital ou brincar com seu Game Boy em vez de atender esses seres desprezíveis.
A série foi criada por David Shore e produzida por Bryan Singer (diretor de filmes como Os Suspeitos, X-Men, X-Men 2 e Superman: O Retorno), que chega a aparecer em um episódio no papel dele mesmo.
Top 10 de episódios de House, na minha opinião:
1- “Three Stories” (episódio 21 da primeira temporada) – House é obrigado por Cuddy a dar uma palestra para estudantes em treinamento. E ele começa a citar um suposto caso imaginário para os estudantes chegarem a um diagnóstico, só que o caso não é exatamente imaginário e tem relação direta com o passado do protagonista. O ressurgimento de Stacy ajuda na composição.
2- “Safe” (episódio 16 da segunda temporada) – Uma adolescente que vive num quarto esterilizado apresenta estranhos sintomas, e House chega a “seqüestrar” a paciente para dentro do elevador do hospital para procurar o, digamos, parasita.
3- “Failure to Communicate” (episódio 10 da segunda temporada) – House e Stacy, sua ex-mulher e advogada do hospital, estão em Baltimore (o hospital fica em New Jersey) pra resolver problemas tributários do médico, mas ele acaba sendo acionado pra ajudar num bizarro caso... à distância, via viva-voz. O paciente tem um treco e passa a não falar coisa com coisa... marcante a cena em que House usa a parede do aeroporto como quadro branco, usando maquiagem pra escrever.
4- “Mob Rules” (episódio 15 da primeira temporada) – Um mafioso sob custódia do FBI chega ao hospital com sintomas estranhos, e House acaba envolvido numa trama de segredos e mentiras. E, num dilema ético, os mafiosos chegam a presentear House com um carrão clássico por esclarecer que sua doença não teria relação com as preferências sexuais do chefão.
5- “Detox” (episódio 11 da primeira temporada) – House faz um acordo com Cuddy: um mês sem trabalhar na clínica médica em troca de uma semana sem tomar Vicodin. Enquanto passa por um processo de desintoxicação forçado, ele tem que lidar com um paciente que, do nada, começou a sangrar enquanto dava um passeio de Porsche com sua namorada. Será que House consegue ficar o tempo todo sem seu remédio querido?
6- “House Vs. God” (episódio 19 da segunda temporada) – O paciente da vez é um jovem com fama de milagreiro. Enquanto isso, uma paciente do Dr. Wilson com câncer apresenta estranha melhora, associada aos “poderes” do garoto. E House inicia uma verdadeira batalha contra as vontades de Deus para curar os dois pacientes.
7- “All In” (episódio 17 da segunda temporada) – House, Cuddy e Wilson estão participando de um jogo de pôquer durante um evento beneficente no hospital, enquanto eles envolvem-se num estranho caso envolvendo um garoto de seis anos e uma mulher morta há doze anos. Destaque para as inúmeras metáforas associando lances do jogo com o diagnóstico do caso.
8- “No Reason” (episódio 24 da segunda temporada) – Um antigo paciente de House aparece no hospital e atira no médico. Semi-desmaiado, House começa a passar por experiências que podem ser decisivas no seu próprio futuro.
9- “Cane And Able” (episódio 2 da terceira temporada) – House e sua equipe têm que lidar com um garoto que pensa que está sendo abduzido por alienígenas porque apresenta estranhos sintomas. O diagnóstico final é um dos mais estranhos de toda a série...
10- “One Day, One Room” (episódio 12 da terceira temporada) – House tem que lidar com uma vítima de estupro, e as conversas “filosóficas” dos dois podem dizer mais sobre o próprio médico do que ele imagina. Este é um episódio incomum, onde os roteiristas cismaram de “viajar” um pouco na psique do protagonista.
Há outros episódios sensacionais, mas essa foi uma lista bem pessoal. E ela pode mudar na próxima vez que eu a escrever
Se você não tem TV a cabo, há outras duas formas de assistir à serie: comprar ou alugar os DVDs da primeira temporada (a segunda deve sair em breve) ou procurar onde baixar na Internet. Não é difícil encontrar episódios já legendados.
Um site altamente recomendado sobre a série é o House M.D. Guide, em inglês. Nele tem tudo e mais um pouco, até link pra camiseta com estampa House vs. God e indicações de livros que falam sobre as doenças citadas na série.
House é como Vicodin: garanto que quem começar a assistir, vai viciar.
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