sábado, 22 de março de 2008

25 anos celebrando uma série de segundas-feiras tristes

No dia 07 de março de 1983, o New Order lançou o single de "Blue Monday". É, já faz 25 anos. Na época, a banda já sinalizava uma guinada do som pós-punk do Joy Division para uma maior experimentação com a eletrônica, em canções como "Everything's Gone Green" e "Temptation", mas BM foi a verdadeira virada na carreira. A capa do single (à esq.) reproduzia um disquete de 5 1/4", daqueles do tempo em que computadores eram dinossauros e internet era uma palavra restrita a meios acadêmicos e militares. Uma batida seca, que hipnotiza, seduz e vicia. Uma letra que não deixa as coisas exatamente claras. Sete minutos e vinte e oito segundos. Parece muito, mas a gente mal sente.

O significado de "Blue Monday" pra música beira o indescritível. A partir daquele trabalho, podemos dizer que a música eletrônica e o rock assinaram um pacto de união quase eterno. Sem BM, não haveria house music, raves, trance, drum and bass nem nada disso que ouvimos hoje em dia. Talvez a música eletrônica ainda se resumisse a inserções de teclados ou a batidas mais pop, como os trabalhos do Depeche Mode no começo da carreira.

No documentário NewOrder Story, Neil Teenant, dos Pet Shop Boys, diz que, na época, ele buscava uma identidade musical pra sua banda, uma espécie de "batida perfeita", como hoje em dia diria o Marcelo D2. E quando ele ainda buscava seu som dos sonhos, surgiu "Blue Monday". E no documentário, ele diz que "BM era exatamente o som que eu imaginava fazer, mas o New Order lançou antes".

Que possamos passar mais dez, quinze, vinte, 25 anos ouvindo "Blue Monday" sem nos cansarmos. Amém.

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