Aqui em Recife existe um shopping pra público classe A chamado Paço Alfândega. É um prédio histórico, bonito, bem arrumado... mas que vive vazio. Não fosse pelos estabelecimentos de alimentação e pela Livraria Cultura - esta sim, vive cheia - ao lado, o shopping seria um ótimo exemplo de elefante branco.
Ontem, pra protestar contra aumentos supostamente abusivos de aluguel, um comerciante do shopping resolveu se acorrentar a uma pilastra do lugar. Olha a matéria e a foto abaixo, direto do Blog de Jamildo (JC Online):
Comerciante se acorrenta para protestar contra Paço Alfândega
POSTADO ÀS 06:25 EM 04 DE Junho DE 2009 (foto Clemilson Campos/JC Imagem)
De Economia/JC
Quem circulou ontem a tarde pelo mall do shopping Paço Alfândega se deparou com um lojista acorrentado em uma das pilastras do empreendimento – que já foi conhecido por abrigar lojas voltadas para a classe A. A cena, de difícil compreensão para boa parte dos que a presenciaram, era, na verdade, mais um capítulo de uma briga jurídica travada entre alguns lojistas e a administração do Paço Alfândega. De um lado, o empresário Givaldo Guilherme dos Santos, proprietário da Chocolate Café Club, exigia o cumprimento de uma liminar conquistada na noite da terça-feira e que religaria a energia do seu empreendimento – cortada desde o dia 28. Do outro lado, o Paço alega ter problemas para receber os débitos do lojista desde 2005, algo que já totalizaria R$ 102.605,72. No total, a administração soma oito ações de despejo contra lojistas com problemas de pagamento das despesas.
Por volta das 15h50, o empresário Guilherme dos Santos se acorrentou a uma pilastra, com a boca fechada por uma fita isolante, e expondo uma placa “pedindo que o Paço cumprisse a determinação judicial”. “O oficial de Justiça esteve aqui hoje pela manhã e não conseguiu citar as partes envolvidas. Estou tendo um prejuízo diário de R$ 1.800 sem poder abrir a loja”, explicou o empresário. Segundo ele, circulam pelo seu estabelecimento cerca de 200 pessoas por dia. Depois de mais de uma hora de protesto e um pouco de barulho, e a presença do oficial de Justiça, a energia foi religada. O lojista alega que desde o ano passado vem enfrentando problemas com a administração do empreendimento, que teria alterado o preço cobrado pelo espaço. “O valor saiu de R$ 4.800 para cerca de R$ 8.000, sem haver separação de gasto com energia, água, condomínio e o aluguel, algo que estou exigindo que eles apresentem”. Foi em cima desses argumentos que o advogado Cézar Casanova obteve terça-feira uma liminar para que a administração voltasse a ligar a energia do estabelecimento. Ele alega que vem depositando os valores devidos em juízo, algo que foi negado pelo shopping.
A advogada Érika Ferraz, que atua em defesa do Paço Alfândega, argumentou que o lojista teve diversas oportunidades de quitar seus débitos com a administração e não o fez. “Ele assinou vários acordos de pagamento e não cumpriu. Com relação ao processo judicial, chegou a ter a primeira liminar negada na 29ª Vara e não entrou com agravo de instrumento. Ao contrário disso, entrou com uma nova ação”, explica Érika. O Paço vai recorrer da decisão e ainda tentar acelerar a ação de despejo já em tramitação. “Não é mais interessante para o shopping ter esse lojista aqui dentro. Esgotou qualquer possibilidade de acordo para renovação do contrato”. Segundo os documentos, o contrato do lojista se encerrou desde janeiro. “Ele teria que ter quitado seus débitos até julho de 2008 para entrar com ação renovatória”, argumenta a advogada. Ela alega que há três meses a administração vem entregando as contas separadas, detalhando valores de água, energia e custos do condomínio.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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2 comentários:
É, o pessoal do aeroporto tb andou chiando. Mas não dessa forma. Ao menos deu resultado. Eu só acho que o público classe A que eles querem atingir com aquelas lojas não trabalha nas redondezas, ou seja, acho que o shopping tá no lugar errado. Já a livraria me parece casar perfeita com a localização, em frente ao rio.
Nossa! impressionante.
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