Programão de sábado...

Sábado eu fui com Gil (foi aniversário dela) e uma amiga dela acompanhar Sport/Maurício de Nassau x Rexona/Ades, pela Superliga feminina de vôlei. As cariocas venceram por 3-0 (25-10, 25-16, 25-20), em pouco mais de uma hora de jogo. Algumas coisas sobre a partida.

-- o time do Sport justificou sua condição de lanterna do torneio, com apenas uma vitória. O time parece um bando de colegiais jogando, errando um monte de bolas bem fáceis. Dois lances merecem destaque negativo: uma em que a jogadora do Rexona sacou, a bola bateu na cabeça da rubro-negra e caiu no chão; e outro em que o time todo do Sport ficou achando que o jogo tava parado devido a alguma decisão do juiz de linha, mas o árbitro principal tinha dado bola em jogo, aí o Rexona sacou e bola no chão.

-- embora seja fraco, umas três jogadoras do Sport me pareceram ter potencial pra jogar em times melhores no futuro: a líbero Kabêça (assim mesmo, com K e circunflexo), a atacante Pilão e a oposto Tita.

-- o time do Rexona jogou sempre sério, principalmente porque a qualquer sinal de relaxamento, o Bernardinho já esculhambava. Tem duas "girafas" no time: a Thaisa e a Fabiana, ambas na casa de 1,95m. E no aspecto estético, o time não é grande coisa... eu gostei das gêmeas
Michelle e Monique. Geral tirando fotos com elas depois do jogo. Mais festejadas que elas, só a Dani Lins, que é de Recife e tinha uma torcida enorme só pra ela no ginásio, e a Fabi (líbero da seleção brasileira); mas comparando com a concorrência no torneio, a Paula Pequeno, do Finasa/Osasco, é melhor que o time do Rexona inteiro.

-- o ginásio Marcelino Lopes, onde o Sport manda os jogos de vôlei, é pequeno, acanhado e quente, mas ainda assim aconchegante. Pra quem gosta de ver jogos bem perto da quadra, é uma ótima pedida, até porque não tem grade separando a torcida. Mas cobrar 20 reais de ingresso só
porque o adversário era o Rexona... nos jogos contra os outros adversários, a inteira sai por 10 reais, o que é bem justo. Mesmo assim, tava bem cheio. Não ficou superlotado, mas ficou bem cheio.

-- jogo prestes a começar, ginásio silencioso, aí o time do Rexona se junta e faz o grito de guerra: "Rexona/Ades". Imediatamente o ginásio inteiro começou a soltar o "cazá, cazá" do Sport. Muito estranho ver um time fazendo um grito de guerra que parece um comercial.

-- como tem duas pernambucanas (e ambas ex-jogadoras do Sport - uma delas a levantadora Dani Lins) no Rexona, tinha uma "torcida" relativamente grande pro Rexona. Os gritos são bizarros: coisas como "ah, é Rexona!" e "aaaah, é Rexonaaaaadeees... é Rexonadeeeeees" (cante isso no ritmo de "ôo, vamo subir galô..."). Quando cantavam isso, a torcida do Sport devolvia com "ah, desodorante".

-- a torcida do Sport, ou pelo menos parte dela, conseguiu ser tão mala que fez o improvável: tirou o Bernardinho do sério. Passaram o jogo inteiro xingando ele, as jogadoras do time ("girafa" e "boneco de Olinda" foram alguns dos singelos adjetivos), o filho dele ("Bruno
viaaaado"), sem falar em "ah, é Ricardinho", dentre outros que não captei. O fato é que irritaram tanto que deu pra ver claramente (estávamos sentados exatamente atrás do banco do Rexona no primeiro e no terceiro sets) ele mandando os malas "vá tomar no cu, seu filho da puta" e, acenando, chamando os malas pra briga. Claro que ninguém foi maluco de descer pra brigar, até porque assim que o jogo acabou o mundo cercou o camarada pra tirar fotos e pegar autógrafos. Até eu tirei foto na parada, depois eu lembro de descarregar a máquina e mandar
a foto.

Resumindo tudo, foi bem bacana, e tomara que o Sport e a Maurício de Nassau mantenham a equipe em atividade, para que ela possa evoluir ao longo do tempo.